Luis XIV, rei da França,
considerava-se o Rei Sol, e costumava
dizer: L'Etat c'est moi (o estado sou eu), consciente de seu poderio e
de seus direitos divinos sobre o trono. Maria Antonieta, ao saber que o povo
não tinha pão para comer teria dito: Que comam brioches! Frases que nos
remetem à uma época e endereço únicos da história: Versailles. É difícil
escrever sobre este lugar. Seu nome inibe. Poucas palavras carregam em si um
simbolismo tão forte. Poucos nomes possuem uma mistura tão intensa de emoções,
arte, poder, cultura, história, mudanças sociais... Talvez a melhor forma de
atravessar seus portões dourados e adentrar no Château de Versailles
seja considerar esta visita como o início de uma jornada ao passado da França.
Uma aula sobre, como diz a inscrição no alto de um de seus prédios, À Todas as Glórias da França.
A primeira construção neste
local teve origem com o monarca Luis
XIII. Em 1631 ele comprou o
terreno da família Gondi. O rei gostava de caçar, e neste local um pouco
afastado de Paris, ele podia praticar seu esporte predileto. Mandou então
construir no centro do terreno, um casarão, um pequeno Château, para receber ao
rei e seus companheiros de caçadas. Após
a morte de Luis XIII, o herdeiro da coroa, Luis XIV tinha apenas cinco
anos. Assim o endereço permaneceu abandonado
durante quase 20 anos. Apenas em 1661
Luis XIV surge de fato na política. Humilhado por adversários em seus primeiros
anos de vida, mas já com idéias próprias, transforma-se numa pessoa extremamente orgulhosa, e com traços de
megalomania. Concluiu então que a melhor forma de demonstrar poderio e
riqueza seria a partir da construção de um fabuloso palácio, dotado de luxo e
esplendor até então sem igual.
Os melhores artistas da época foram contratados para contribuir, cada um em
sua especialidade. Le Vau, Le Brun, Molière, La Fontaine,
Le Notre. Empresas foram criadas
especialmente para fabricar o material que seria utilizado em Versalhes. Mármores, porcelanas, cristais, mobiliário,
o país inteiro foi mobilizado para esta obra. Engenheiros, arquitetos,
decoradores, paisagistas, jardineiros, escultores, pintores, artesãos, a lista
era infindável. Os números da obra dão uma boa idéia de suas dimensões. Em 1683 o total de trabalhadores na construção chegava à 30 mil pessoas.
Mas ainda não eram suficientes. Foram então convocados os soldados do exército
real para ajudar. Durante praticamente todo seu reinado Luis XIV conviveu com a terra, poeira, barulho e imensas despesas
da construção de Versalhes. Um dos
maiores desafios foi a construção dos parques e jardins que deveriam cercar
o palácio, e para eles foi criado um sistema independente de abastecimento de
água. O comprimento do parque era de 3
km, área prevista de 100 hectares,
intercalados por 1400 fontes. No
centro do parque seria construído o Grand
Canal, lago com 1,6 km de extensão, e Petit Canal com 1 km.
Ao final de seu reinado, Luis XIV estava
satisfeito. Ele é conhecido como Rei
Sol, e cada um de seus passos em Versalhes é o centro das atenções da
França. Impõe um rígido ritual, onde sua figura é valorizada ao máximo, como se
fosse o próprio Astro Rei. Seu despertar
é tão importante como o nascer do sol, e membros da corte disputam o
privilégio de estar presentes para atender ao monarca em suas primeiras
necessidades do dia. Sua rotina é seguida de perto por uma corte embevecida, pronta
a venerar, adular, e ávida por receber favores. Ele é praticamente um Deus. Sob
o comando e inspiração do Rei Sol havia sido construído o maior e mais belo
palácio de todos os tempos. Uma glória para o rei e um orgulho para a França.
O filho do Rei Sol subiu ao trono
ainda criança, e detestava o
protocolo da corte criado por seu pai. Passava grande parte do tempo refugiado
em seus aposentos particulares de Versalhes. Seu reinado foi, no entanto, um
dos mais longos da história da França. Durante
os 59 anos em que Luis XV governou, o país conheceu um período de grande
prosperidade. Aos quinze anos casou-se
com Maria Leszczinska, filha do rei da Polônia e teve muitos filhos.
Versalhes continuou como centro da França, e passou a brilhar ainda mais com a chegada de Madame de Pompadour,
a elegante e culta amante de Luis XV, que trouxe ao palácio um toque de
luxo e refinamento até então desconhecidos pela corte. Ela costumava organizar
grandes festas, banquetes, shows e diversos tipos de atividades culturais. O número total de integrantes da corte
vivendo em Versalhes ultrapassava 2 mil pessoas, fora a criadagem. Rei, rainha,
filhas, filhos e amantes viviam todos em Versalhes, e seu relacionamento,
ao que consta, era ótimo. O palácio é como uma ilha da fantasia, onde tudo é
belo e refinado, mas fora de seus portões a situação do país é bem diferente, e
nuvens de tempestade começam a surgir no horizonte
Com a morte de Luis XV, em 1774,
sobe ao trono Luis XVI, jovem e
despreparado para o poder. Casa-se com
Maria Antonieta, de apenas 15 anos, filha da imperatriz da Áustria. O casal
é jovem e bonito, mas totalmente despreparado para as responsabilidades
políticas do cargo e para os tempos difíceis que se aproximam. Enquanto a
situação das elites é confortável, o
povo passa necessidades. Não há
trabalho. Não há dinheiro sequer para comprar pão. Revolucionários agitam Paris. Multidões fazem protestos, mas os
soberanos não enxergam a gravidade do momento, e mal assessorados, nada fazem
para atenuar a situação. O ódio da população
contra a monarquia aumenta cada vez mais.
Em 14 de julho de 1789 correm boatos que o exército vai reprimir as
manifestações de rua e atacar a população da cidade, o que leva uma multidão
enfurecida a invadir um dos mais odiados símbolos
do poderio real, a Prisão da
Bastilha, em Paris. É o
início da revolução francesa. Alheia aos eventos, a corte prossegue com sua
rotina, e um banquete promovido no
palácio transforma-se na gota de água
da revolta popular contra a família real. Em
5 de outubro de 1789 o palácio de Versalhes é invadido e a família real detida.
Levados a seguir para uma prisão de Paris, são
julgados e condenados por um tribunal revolucionário. Quatro anos mais tarde são todos executados na guilhotina.
O Palácio de Versalhes, visto como um dos símbolos da odiada monarquia,
também paga seu preço. Mobílias são
confiscadas e leiloadas, grande parte de suas obras de arte é transferida para
o Museu do Louvre. Esvaziado e abandonado, Versalhes transforma-se num
conjunto de ruínas em decomposição. Napoleão
Bonaparte, quando chegou ao poder, quis até mesmo demoli-lo. Ele seria
ainda ocupado pelos alemães, na guerra
de 1870, e transformado em sede da
assembléia nacional de 1879.
Apenas a partir de 1918 começaria o
renascimento de Versalhes. Reconhecido seu valor histórico, e graças ao
interesse do governo, e à generosas doações de particulares, ele foi aos poucos voltando a ser, não apenas
um palácio, mas também um dos melhores museus da França. Sua arquitetura,
engenharia, paisagismo, suas mobílias, tapeçarias e pinturas contam hoje a
história da França. Atualmente, entre os aposentos deste prédio com 2153 janelas, 700 quartos e 67 escadarias,
aqueles que mais impressionam seus visitantes são o Salão dos Espelhos, Capela Real, Opera Real, Apartamentos de Estado,
Salão da Guerra, Salão da Paz, Apartamentos da Rainha, Apartamentos do Rei,
Galeria das Batalhas e logicamente seus 800 hectares de parques e jardins com
20 km de trilhas, 200 mil árvores, 200 mil flores plantadas a cada ano, 50
fontes e 2100 esculturas. Mas, talvez o que emocione ainda mais, seja andar
pelos mesmos aposentos e corredores onde o Rei Sol e sua corte representavam o
ritual de cada dia, cruzar os salões de baile onde Madame de Pompadour
organizava festas de luxo para Luis XV,
ou então subir à sacada de onde uma jovem Maria Antonieta viu a multidão
invadir os portões dourados de seu palácio, prestes a mudar sua vida e também a
história do mundo.
Localização: Versailles (Fica a 3 quarteirões da estação ferroviária)
Horário: Águas Musicais: 11:00 - 12:00 e das 15:30 - 17:00
17:20 - 17:30 - Fonte de Netuno
Jardins Musicais: 10:00 - 18:30
Águas Noturnas: 21:00 - 23:00 e inicio do fogos de artificio as 23:05
Fechado às segundas-feiras
Ingresso Entrada no Palácio:
Descubra os lugares mais célebres do Palacio e as exposições temporárias. Os lugares mais célebres do Palacio: Galería dos Espelhos, Grandes Apartamentos do Rey e da Reinha, dormitorio dol Rey...As exposições temporárias estão incluidas nol preço dol bilhete Nota: Para visitar o Palácio, o preço do bilhete inclui um guia de áudio em 11 línguas. Guias de áudio estão disponíveis para as crianças só se eles têm oito anos ou mais
Ingresso Águas Musicais: Sábados e domingos de 30/03 a 31/10
Ingresso Jardins Musicais: Sábados e domingos de 01/07 a 31/10
Ingresso Águas Noturnas: Todos os Sábados de 20/07 a 14/09
Transporte: Trem da linha RER C – linha amarela
Localização: Versailles (Fica a 3 quarteirões da estação ferroviária)
Horário: Águas Musicais: 11:00 - 12:00 e das 15:30 - 17:00
17:20 - 17:30 - Fonte de Netuno
Jardins Musicais: 10:00 - 18:30
Águas Noturnas: 21:00 - 23:00 e inicio do fogos de artificio as 23:05
Fechado às segundas-feiras
Horário de visitas recomendado:
09:00 - 12:00 --> à Jardins e parque
12:00 -15:00 --> à Palácios Trianon e Marie-Antoinette
a partir das 15:30 até o fechamento, 0 Interior do Castelo
Ingresso O Passaporte:
Que abre a porta para 350 anos de
história. Para descobrir
os cantos mais remotos do domínio
de Versalhes, existe uma fórmula prática que lhe dá acesso a todos os circuitos visitáveis do Palácio. Os Palácios Trianon e domínio de Marie-Antoinette e também inclui as Grandes Águas musicais e os Jardins musicais (de Abril a Outubro) e exposições temporárias. Nota: Para visitar o
Palácio, o preço do bilhete inclui
um guia de áudio em 11 línguas. Guias de áudio estão disponíveis para as crianças só se eles têm
oito anos ou mais.09:00 - 12:00 --> à Jardins e parque
12:00 -15:00 --> à Palácios Trianon e Marie-Antoinette
a partir das 15:30 até o fechamento, 0 Interior do Castelo
Ingresso O Passaporte:
Ingresso Entrada no Palácio:
Descubra os lugares mais célebres do Palacio e as exposições temporárias. Os lugares mais célebres do Palacio: Galería dos Espelhos, Grandes Apartamentos do Rey e da Reinha, dormitorio dol Rey...As exposições temporárias estão incluidas nol preço dol bilhete Nota: Para visitar o Palácio, o preço do bilhete inclui um guia de áudio em 11 línguas. Guias de áudio estão disponíveis para as crianças só se eles têm oito anos ou mais
Ingresso Águas Musicais: Sábados e domingos de 30/03 a 31/10
Ingresso Jardins Musicais: Sábados e domingos de 01/07 a 31/10
Ingresso Águas Noturnas: Todos os Sábados de 20/07 a 14/09
Transporte: Trem da linha RER C – linha amarela
Direção: Versailles-Rive Gauche
Estação de chegada: Versailles-Rive Gauche – zona 4
Serviço de trens de subúrbio - linha C - que
sai da estação de Austerlitz, com a duração de 30 min. O Palácio de Versailles é a principal atração
turística, mas a cidade é um dos mais antigos (século XVII) exemplos de
planejamento urbano, com traçado regular de suas ruas e praças. Foi inspiração
para os projetos de outras cidades, como São Petesburgo e Washington, D.C.
Autocarro 171 (de Pont de Sèvres --> Château de Versailles
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