terça-feira, 30 de junho de 2015

PORTUGAL - FIGUEIRA DA FOZ


É uma cidade costeira, de rica história, cultura e tradição. Considerada a "Rainha da Costa de Prata" pelas suas extensas praias, tem no turismo um dos principais recursos econômicos, sendo mesmo um dos principais centros turísticos do País, contando igualmente com um dos maiores Casinos de Portugal, rodeada por mar, rio e serras densamente arborizadas que lhe conferem características únicas. Com ocupação humana desde tempos antigos, a Figueira da Foz teve um grande desenvolvimento no século XVII e XIX devido ao movimento do porto e ao desenvolvimento da indústria de construção naval, com abertura de novas vias de comunicação e afluência de veraneantes. Em finais do século XIX e início do século XX construíram-se novas infra-estruturas de desenvolvimento que ainda se mantém, como os hotéis, casino, restaurantes e a zona onde se concentra a atividade comercial. Foi nesta localidade, no início do século XIX, que desembarcaram as tropas inglesas que vieram auxiliar Portugal na luta contra as Invasões Francesas. Com um património histórico-cultural muito forte e rico, destacam-se as suas inúmeras igrejas com as suas talhas douradas, onde o Barroco tantas vezes impera, o Museu Municipal Dr. Santos Rocha com vasto espólio que conta com coleções de arqueologia, etnografia, pintura, escultura, cerâmica e mobiliário, o Forte de Santa Catarina e a Fortaleza de Buarcos, a Torre do Relógio, diversos vestígios arqueológicos, e os muitos Palácios (como o Sotto-Mayor), Parques e jardins, Palacetes e casas Senhoriais que atestam a importância turística e económica desta cidade ao longo dos anos, a bonita Marina, ou o recentemente construído Centro de Artes e Espetáculo, um marco nacional na cultura e espetáculos. A Figueira da Foz mantém igualmente vivas antigas tradições, como o famoso artesanato ou as suas festividades populares, aliando tantas vezes progresso e tradição.







Forte de Santa Catarina
Foi edificado em finais do séc. XVI para reforçar a defesa da foz do Mondego. Juntamente com a Fortaleza de Buarcos e o Fortim de Palheiros, era parte do sistema defensivo do porto e da baía da Figueira da Foz e de Buarcos. Com estrutura de concepção triangular, tem 3 cortinas, um meio baluarte e 2 baluartes irregulares. A entrada dá acesso a um pátio interior onde se situa uma pequena capela, de planta centrada e cúpula de nervuras, dedicada a Santa Catarina de Ribamar. O Forte, com o seu farol, permanece como referência histórica e elemento emblemático da cidade.
Forte de Santa Catarina
Forte de Santa Catarina


Fortaleza de Buarcos
Integrava, juntamente com o Fortim de Palheiros e o Forte de Santa Catarina na Figueira da Foz, o sistema defensivo desse trecho da costa, nomeadamente o antigo porto marítimo da povoação. Acredita-se que a sua construção tenha se iniciado no reinado de João I de Portugal (1385-1433), ou mais propriamente no de Manuel I de Portugal (1495-1521), como defesa contra os ataques de cosários Ingleses e Neerlandeses, bem como de piratas da Barbária, frequentes na região. Da antiga fortificação subsiste atualmente apenas um pequeno troço das suas muralhas, entre 2 balaustres, paralelo à marginal da Praia de Buarcos. Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público, por Decreto publicado em 1961.
Fortaleza de Buarcos
Fortaleza de Buarcos


Torre do Relógio
A sua construção começou em 1942 e foi inaugurada cerca de 5 anos depois. Está classificada como Imóvel de Interesse Municipal desde 2004. Em meados do século XIX, o grande crescimento da cidade levou à construção de novos edifícios e equipamentos culturais e sociais, além do desenvolvimento urbano em redor do Forte de Santa Catarina. Na 1ª metade do século XX, novos equipamentos foram surgindo devido a regularização da Avenida Marginal, o qual merece muito destaque, nos anos 40 do século XX, a Torre do Relógio, deveria acolher cabinas sonoras (que seriam sinos simulados) e 2 mostradores de relógio, em estilo modernista.
Torre do Relógio

Torre do Relógio


Igreja Matriz de São Julião 
A primitiva Igreja seria o mais antigo templo da Figueira da Foz, edificado ou reconstruído pelo abade Pedro em 1080, e esteve na origem da cidade, que evoluiu a partir do aglomerado de casas que se construíram na envolvência da primitiva igreja, num local então denominado de S. Julião da Foz do Mondego. Nada restando da sua primitiva fundação, a atual igreja é uma reedificação do séc. XVIII, com diversas intervenções posteriores. No interior, amplo, de nave única, destaca-se uma capela lateral com um belo retábulo de pedra, da 2ª metade do século XVI, proveniente do Convento de Seiça.
Igreja Matriz de São Julião
Igreja Matriz de São Julião
Igreja Matriz de São Julião


Museu Municipal Dr. Santos Rocha 
Fundado a 6 de maio de 1894 por iniciativa do arqueólogo figueirense, Antonio dos Santos Rocha, o museu esteve instalado na Casa do Paço até 1899, ano em que se mudou para os Paços do Concelho. O museu conheceu repercussão nacional e internacional no seu primeiro tempo áureo até à morte do seu fundador em 1910. Sobretudo a partir de 1945, o enriquecimento das coleções - principalmente de pintura e escultura - foi tornando inevitável a criação de instalações adequadas. Construído em 1975 pela Fundação Calouste Gulbenkian, o museu transferiu-se em 1976 para as atuais instalações próprias. Em 1993, o museu foi distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia com o prémio de Melhor Museu do Ano. O Museu alargou as suas atividades em 2003, com a inauguração do Núcleo Museológico do Mar, em Buarcos, e o Núcleo Museológico do Sal (Ecomuseu) em Lavos.
Localização: Rua Calouste Gulbenkian
Horário: Inverno: 16/09 a 31/05: 3ª a 6ª – 09:30 - 17:15 
                                                      Sábado - 14:00 - 19:00
              Verão: 01/06 a 15/09: 3ª a 6ª – 09:30 - 17:15
                                                   Sábado, Domingo e Feriados - 14:00 - 19:00
              Enverra: 2ª feira, 01/01, 6ª feira Santa, 01/05, 24/06 e 25/12
Preço: 1,00€
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Museu Municipal Dr. Santos Rocha



Palácio Sotto Mayor 
Edifício de carácter civil, mandado construir por Joaquim Sotto Mayor. Emigrado no Brasil, este abastado negociante, de regresso a Portugal, visita a Figueira da Foz e decide aqui construir um palacete onde viveu longas temporadas. Demorando cerca de 20 anos a ser construído, este belo palácio de 5 pisos foi considerado o “mais belo e sumptuoso edifício da Figueira”. Construído em finais do séc. XIX, ao estilo dos palacetes franceses, em que predominam, na fachada principal, motivos renascentistas. Da visita ao seu interior, não se pode ficar indiferente aos painéis ornamentais, paredes e tetos, a escadaria nobre, ou às peças de mobiliário e de escultura que decoram as elegantes salas, vestíbulos, corredores e outros aposentos. Na fachada posterior, uma galeria e escadaria estilo Luís XVI dá acesso a um jardim romântico e a uma torre mirante, que segue de perto a tipologia da Torre de Belém. Adquirido em 1967, pela Sociedade Figueira Praia, o palácio foi convertido numa das mais relevantes unidades museológicas do património local, abrindo as suas portas ao público em 1980. Para breve está prevista a sua readaptação numa unidade hoteleira de charme.
Localização: Rua Joaquim Sotto Mayor
Horário: Verão:    3ª a Domingo - 14:00 - 18:00
             Inverno: Sábados e Domingos - 14:00 - 18:00
Palácio Sotto Mayor
Palácio Sotto Mayor
Palácio Sotto Mayor


Casino
Durante o século XIX até ao século XX o casino chamava-se Casino Peninsular, junto ao ex-Casino Oceano, que passou a ser uma zona de artesanato, que foi recentemente alvo de obras de recuperação. Hoje chama-se o Casino da Figueira da Foz, ou ainda, Casino Figueira, pois o outro casino está em obras de recuperação. O casino atual também sofreu grandes alterações: grande parte da parede exterior do edifício era em mármore e agora, recuperado, é em vidro. É o mais antigo casino de toda a Península Ibérica, com a sua licença de jogo em vigor desde 1927, na altura, ainda não como casino

Casino da Figueira da Foz
ex-Casino Oceano
Casino
Casino
Casino


Imagens de Figueira da Foz










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PORTUGAL - AVEIRO


Aveiro capta a essência de um destino que esperaríamos ver num livro de viagens, com os seus moliceiros semelhantes a gôndolas, lagoas naturais, uma elegante arquitetura do século XIX e passagens calcetadas – é um local especial onde o antigo se conjuga com o moderno. Situado entre o oceano Atlântico e as zonas montanhosas, Aveiro exibe uma paisagem muito variada, caracterizada por uma longa costa arenosa, um bonito estuário e diversos parques e jardins. Conhecida como a “Veneza portuguesa”, a encantadora cidade de Aveiro é atravessada por um canal e é tida como um dos destinos mais encantadores do país, graças aos seus coloridos moliceiros, aos edifícios em tons pastel de estilo Arte Nova e à sua tranquila atmosfera urbana. Enquanto estiver na cidade, visite o famoso Mercado do Peixe – um mercado tradicional que abriga alguns dos melhores restaurantes de marisco de Aveiro. Nas redondezas encontrará inúmeros restaurantes e uma ampla oferta de lojas e bares. Escolha um dos cafés tradicionais enquanto passeia pela cidade e prove os divinais ovos moles, que são a especialidade da cidade. Pode ainda fazer um passeio de bicicleta nas chamadas BUGAS (as bicicletas cedidas pela câmara), percorrer o cintilante canal da cidade e as ruelas pitorescas. Descubra Ílhavo – uma cidade à beira-mar que ostenta o pujante património marítimo de Aveiro e onde está sediada a famosa fábrica de porcelana da Vista Alegre. Visite o farol mais antigo de Portugal na Praia da Barra e pare na Praia da Costa Nova para contemplar as suas típicas casas listradas. Estas praias também são excelentes para relaxar nos dias de sol e praticar alguns desportos aquáticos.






Estação Ferroviária
O antigo edifício da estação ferroviária de Aveiro foi desativado por razões técnicas, e agora há um novo. Neste caso, porém, a história teve um final feliz, a sua reabilitação para fins turísticos. É, desde 2006 paragem obrigatória nos itinerários City Tour, promovidos pela Região de Turismo de Aveiro, estando também anunciada uma coleção de arte contemporanea para as suas instalações. O edifício de forte volumetria, constituído por uma parte central de 3 pisos e 2 laterais, simétricas e de 2 pisos, é considerado um ilustre exemplo da tipologia da Casa Portuguesa. O que mais impressiona na gare de Aveiro, no entanto, são os painéis de azulejos policromados, azuis e amarelos, que na maior parte remontam a 1916, mas conheceram vários acrescentos depois disso. Alternam paisagens regionais com ilustrações de costumes locais e fragmentos da história dos transportes, ou seja, a mesma fórmula em jogo na gare portuense de São Bento. Em Aveiro, naturalmente, a coleção inclui imagens da ria, das vindimas na Anadia e do Palace Hotel do Buçaco, à mistura com trechos da linha do Vouga e retratos de pescadores e tricanas.

Estação Ferroviária


Moliceiro
É o nome dado aos barcos que circulam na Ria de Aveiro, região lagunar do Rio Vouga. Esta embarcação era originalmente utilizada para a apanha do moliço, mas atualmente mais usados para fins turísticos. É um dos ex-libris de Aveiro, em conjunto com os Ovos Moles e a Universidade de Aveiro. De entre os barcos típicos da região, o moliceiro é considerado o mais elegante; apesar da decoração colorida e humorística, é um barco de trabalho, o qual o moliço era a principal fonte de adubagem nas terras agrícolas de Aveiro. São barcos de borda baixa para facilitar o carregamento do moliço. Os moliceiros têm uma proa e uma ré muito elegantes que normalmente estão decorados com pinturas que ridicularizam situações do dia a dia. O comprimento total é cerca de 15 m, a largura de boca 2,50 m. Navega em pouca altura de água, o castelo da proa é coberto. Como meios de propulsão usa uma vela, a vara e a sirga. A sirga é um cabo que se utiliza na passagem dos canais mais estreitos ou junto às margens, quando navega contra a corrente ou contra o vento. É construído em madeira de pinheiro.
Horário: Diariamente das 10:00 às 19:00 - duração 45 min.
Preço: 5.00€ + 1.00€ taxa turística municipal

Moliceiro
Moliceiro
Moliceiro
Ovos Moles


Igreja da Misericórdia
Este templo, ligado à renascença coimbrã, serviu de Sé aquando da criação do Bispado de Aveiro. A sua construção teve início em 1600 e em 1608 concluiu-se a Casa do Despacho, em 1623 o corpo da igreja e porta principal e, em 1653, a capela-mor. No século XVII colocou-se o retábulo e foi feito o revestimento interior com azulejos lisbonenses. Já no século XVIII procedeu-se ao douramento da capela-mor e aplicação de talha dourada nas sanefas da nave. Em 1767 foi executado o órgão e quase um século depois, em 1876 revestiu-se a fachada com azulejos. No século XX foram feitas obras de conservação e de restauro. Destacam-se os azulejos interiores (do século XVII), o trabalho da abóbada e arco cruzeiro em pedra de Ançã. A classificação, Imóvel de Interesse Público, inclui as salas de despacho e anexos.
Localização: Rua de Coimbra 27

Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia



Convento de Jesus 
A fachada atual do convento data do séc. XVIII e nela se inscrevem 3 portais com bonitos frontões, vendo-se o brazão real no do meio. O edifício conserva alguns espaços que serviam à vivência conventual: o átrio onde funcionava a portaria, o claustro do séc. XV que conserva uma colunata renascentista, algumas capelas manuelinas decoradas com azulejos e a casa do capítulo. No interior da igreja merece especial atenção a capela-mor pelo notável trabalho de talha dourada de finais do séc. XVI, a lembrar uma obra de ourivesaria. Nas paredes forradas com painéis de azulejos vêem-se 6 telas representando momentos da vida de Santa Joana Princesa, filha do Rei D. Afonso V. No coro baixo da igreja, onde as religiosas assistiam aos ofícios litúrgicos, encontra-se o túmulo de Santa Joana, peça de exímia execução com finíssimos embutidos de mármores italianos de diversas cores. A sua instalação foi autorizada por bula do Papa Pio II, em 1461. O túmulo está envolvido por uma decoração parietal de talha, azulejos e mármore, sob um teto policromo - estilo barroco. Trabalharam nele artistas portugueses, devendo-se o seu desenho a Manuel Antunes, arquiteto régio. Iniciada a obra em 1699, por mando de D. Pedro II, só em 1711 nele seriam colocadas as cinzas da Infanta, a quem Aveiro dedica uma festa religiosa a 12 de Maio (feriado municipal), data da sua morte, que inclui uma peregrinação a este local, e procissão, essencialmente litúrgica, da qual fazem parte elementos civis, como damas, cavaleiros, infantes, pagens e outras figuras. Classificado como Monumento Nacional
Localização: Avenida Santa Joana

Convento de Jesus
Convento de Jesus
Convento de Jesus (altar-mor)
Convento de Jesus (túmulo da Santa Joana)



Museu de Aveiro
Situado no interior do grandioso Convento de Jesus, este museu é considerado um dos mais importantes de arte sacra do país. Expõe uma colecção de pinturas portuguesas dos séculos XVII e XVIII, meticulosos trabalhos de azulejos, peças elegantemente trabalhadas em ouro e um vasto espólio de vestuário, jóias e relíquias.
Horário: 3ª a Domingo: 10:00 - 17:30
Preço: 4,00€
Museu de Aveiro
Museu de Aveiro
Museu de Aveiro


Museu da Vista Alegre
Aveiro é a terra natal das famosas porcelanas da Vista Alegre, um exemplo da longa tradição portuguesa na área da cerâmica. Situado no interior da fábrica original, onde são produzidas estas delicadas obras de arte, este museu é uma das atrações mais visitadas. Contemple os vestígios históricos das primeiras peças da marca, veja os desenhos antigos e saiba como funcionam as ferramentas usadas para criar estas maravilhas de porcelana, que foram evoluindo ao longo do tempo.

Museu da Vista Alegre
Museu da Vista Alegre
Museu da Vista Alegre
Museu da Vista Alegre
Museu da Vista Alegre


Museu de Arte Nova
O museu abriu as suas portas em Aveiro na Casa Major Pessoa, um verdadeiro ícone da arte nova. Este museu propõe uma viagem através do tempo e do conhecimento, possui também uma encantadora Casa de Chá, onde poderá fazer uma pausa refrescante.
Localização: Rua Dr. Barbosa Magalhães nºs 9, 10, 11
Horário: Museu: 3ª a 6ª - 9:30 - 12:30 / 14:00 - 18:00
                          Fim de semana - 14:00 - 18:00
             Casa de Chá: 3ª a 6ª - 9:30 - 2:00 
                                  Fim de semana - 9:00 - 3:00
Museu de Arte Nova
Museu de Arte Nova

Museu de Arte Nova

Museu de Arte Nova


Museu Marítimo de Ílhavo
Este museu exibe uma interessante seleção da etnografia marítima de Aveiro, incluindo fascinantes exemplares dos primeiros moliceiros, uma variedade de ferramentas de navegação e fotos, bem como a maior coleção de conchas raras de todo o país. Em 2003, este museu foi distinguido com o prestigiado Prémio de Arquitetura Contemporânea Mies van der Rohe pelo seu design moderno.
Localização: Rua Dr. Rocha Madahil
Horário: Março a Setembro: 3ª a Sábado - 10:00 - 18:00  
                                             Domingo -      14:00 - 18:00
              Outubro a Fevereiro: 3ª a Sábado - 10:00 - 18:00  
                                                Domingo -      14:00 - 18:00
Preço: 5,00€
Museu Marítimo de Ílhavo
Museu Marítimo de Ílhavo
Museu Marítimo de Ílhavo


As casas listradas da Costa Nova (Palheiros)
Os palheiros da Costa Nova são famosas e castiças casas de riscas existentes na praia com o mesmo nome, originalmente em tons de vermelho ocre e preto, utilizados como antigos armazéns de alfaias da pesca. Até inícios do século XIX a Costa Nova era um extenso areal desabitado mas, após a fixação da Barra do Porto de Aveiro, os pescadores das companhias piscatórias de Ílhavo mudaram-se para a Costa Nova e começaram a construir “palheiros” para guardarem as redes e outros materiais associados à pesca. Estes eram inicialmente amplos e sem quaisquer divisões interiores e, mais tarde, divididos com tabiques de madeira que eram “decorados” com conchas de ostras. Simultaneamente, as famílias dos seus sócios, escrivães e “arrais” de outras companhias foram sendo atraídas para a zona nos meses de verão e outono, transformando-os nos atuais “palheiros”, com riscas coloridas, bem à “moda burguesa de ir a banhos” da 2ª metade desse século, para que pudessem servir como habitação na estação balnear.
Palheiro José Estêvão - mandado construir por Manuel de Moura Vilarinho, em 1808, é um belo exemplar dos originais palheiros da Costa Nova, que se mantém na tonalidade original – o vermelho ocre. A meados desse século o parlamentar José Estêvão adquiriu-o e ainda hoje se encontra na posse dos seus descendentes, onde reunia alguns dos grandes nomes da cena artística nacional e políticos da época como Eça de Queirós, Guerra Junqueiro e Oliveira Martins, associados à “Geração de 70” e ao movimento do “realismo”


Palheiros da Costa Nova
Palheiros da Costa Nova
Palheiros da Costa Nova
Palheiros da Costa Nova


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