quinta-feira, 2 de julho de 2015

PORTUGAL - BARCELOS




Situada a norte do Porto, a cidade de Barcelos é conhecida pelas suas cerâmicas artesanais, especialmente pelo Galo de Barcelos – um colorido galo considerado um ícone nacional e muitas vezes usado como símbolo de Portugal. A cidade medieval fortificada estende-se numa colina acima do Rio Cavado, e as suas ruas encantadoras são ladeadas por casas barrocas. A feira no Campo da República, que se realiza todas as 5ª feiras, atrai compradores e visitantes de toda a região. A Feira de Barcelos é um evento essencialmente rural, com bancas de fruta e legumes sazonais, queijos caseiros e bonitas peças de cerâmica, bem como todo o tipo de artesanato, em que o protagonista é naturalmente o galo de BarcelosEntre outras atrações locais incluem-se a Igreja de Nossa Senhora do Terço, o Centro de Artesanato de Barcelos e as ruínas do Paço dos Duques de Bragança, datado do século XV, que foram convertidas num museu arqueológico ao ar livre. Este local também exibe um cruzeiro que descreve a história do Galo de Barcelos. Desde cedo é uma cidade habitada por povos, como vestígios em várias zonas de Barcelos indicam. Aproximadamente no ano de 1177, Barcelos pelas mãos de D. Afonso Henriques recebeu a carta de foral e em 1227 a cidade começava a chamar mais população. Já em 1928, Barcelos foi elevada a categoria de cidade.


Centro Histórico

Jardim das Barrocas

Câmara Municipal



A lenda do Galo de Barcelos
Segundo a lenda, foi cometido um crime em Barcelos e os habitantes locais estavam receosos, pois o culpado ainda não tinha sido descoberto. Um dia, um peregrino galego chegou à cidade e, como era um desconhecido, tornou-se um suspeito. As autoridades decidiram prendê-lo, apesar deste reclamar a sua inocência. Ninguém acreditou que este estranho estaria a caminho de Santiago de Compostela. O peregrino foi condenado à morte por enforcamento, mas antes da sua execução, o galego pediu para ver o juiz que o havia condenado. Quando chegou à casa do juiz, este estava num banquete com os seus amigos. O peregrino declarou novamente a sua inocência e, perante a descrença de todos os presentes, ele apontou para o galo assado que se encontrava em cima da mesa e disse: “Se eu for inocente, este galo irá cantar três vezes”O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava prestes a ser enforcado, o galo ergueu-se e cantou 3 vezes. O juiz ficou tão assombrado por este milagre que libertou o peregrino. Alguns anos depois, o peregrino regressou a Barcelos e fez erguer um monumento em louvor à Virgem Maria e a São Tiago. Desde então, os coloridos galos de cerâmica têm sido vendidos por todo o país como símbolo de boa sorte.

Galo de Barcelos

Galo de Barcelos

Galo de Barcelos



Ponte Medieval
Localiza-se sobre o Rio Cávado, constituiu-se em importante local de passagem para os peregrinos do Caminho Portugues de Santiago e para as grandes feiras que se realizavam em desde a Alta Idade Média. Terá sido erguida entre 1325 e 1328 por iniciativa de Pedro Afonso, Conde de Barcelos, embora alguns autores refiram que a sua atual feição se deva a uma reconstrução empreendida por Afonso I, Duque de Bragança, da primitiva ponte ali existente. Em 1801 a sua estrutura foi bastante abalada no seu lado norte pela queda da torre do Paço dos Condes de Barcelos, tendo sido necessário empreender grandes obras de recuperação. A ponte é constituída por 5 arcos desiguais, sendo maiores e mais altos os que cobrem o meio do Rio. Apresenta nos seus pilares, talha-mares de estilo gótico.

Ponte medieval 
Ponte medieval 


Pelourinho 
Também referido como picota, atualmente encontra-se junto à Igreja Matriz de Barcelos, próximo às ruínas do Paço dos Condes de Barcelos. Estima-se que terá sido construído nos finais do século XV ou princípios do século XVI. Quando da sua edificação, terá estado localizado no Largo da Picota, entre os Paços do Concelho e a Igreja Matriz, tendo sido transferido para a sua atual localização em 1905. Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993. Trata-se de um pelourinho em estilo gótico, de fuste octogonal que termina em gaiola. Pode-se considerar essa gaiola em granito, como uma graciosa lanterna lavrada, típica do gótico final. A sua base atual é formada por 4 degraus octogonais.
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca

Pelourinho 
Pelourinho 


Paço dos Duques de Barcelos ou Solar dos Pinheiros
É um histórico edifício barcelense construído por volta do século XV. O edifício é um verdadeiro testemunho da arquitetura civil da aristocracia enriquecida pelos descobrimentos portugueses e o comércio ultramarino. Este edifício albergou durante muitos anos os Condes de Barcelos mas agora pertence à família Pinheiro. O edifício já foi alvo de inúmeras reconstruções, logo tem vários estilos arquitetónicos. Em 2009 foi considerada uma das 24 Maravilhas de Barcelos.
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca

Paço dos Duques de Barcelos
Paço dos Duques de Barcelos


Paço dos Condes de Barcelos  
Também referido como Paço dos Duques de Bragança, foi erguido na 1ª metade do século XV por iniciativa de Afonso I, Duque de Bragança, constituindo-se em um castelo apalaçado. Constituiu-se na edificação mais rica de Barcelos à época em que foi construído. A decadência deste Paço iniciou-se em finais do século XVIII. Nas ruínas hoje, já não é visível a primitiva torre, que se situava entre a Ponte de Barcelos e as 4 primitivas chaminés. Ela terá sido bastante danificada quando do terramoto de 1755, vindo a ruir definitivamente em 1801. Em 1872, diante do estado ruinoso do edifício, o Município de Barcelos, determinou demolir o que restava. Essa demolição jamais chegou a concretizar-se na totalidade, devido a diversos protestos populares. O que nos restou - pouco mais do que algumas paredes e uma chaminé tubular -, não consegue dar-nos ideia da sua grandeza original. Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 23 de junho de 1910. No início do século XX, as suas ruínas passaram a albergar o Museu Arqueológico de Barcelos. Erguido em estilo gótico, apresentava planta retangular com as dimensões de cerca de 32 m por 16 m. Nele se destacavam 4 chaminés de grande altura.
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca


Paço dos Condes de Barcelos
Paço dos Condes de Barcelos



Igreja Matriz de Santa Maria 
Também referida como Igreja Matriz de Barcelos ou Colegiada, é vizinha do Paço dos Condes de Barcelos e do Pelourinho de Barcelos. Sob a invocação de Santa Maria Maior, terá sido iniciada no século XIII, vindo a sofrer diversas transformações ao longo dos séculos. Encontra-se classificada como Monumento Nacional pelo desde 15 de outubro de 1927. Trata-se de uma igreja construída na transição do estilo românico para o gótico. Pelo exterior, na fachada principal, o portal formado por 4 arquivoltas assentes em 8 colunelos, é ladeado por 2 botaréus. Na cabeceira também se podem ver os fortes botaréus. No alçado lateral norte rasga-se um pórtico singelo. O interior é constituído por 3 naves, onde se destacam 14 painéis formados por diversos azulejos azuis e brancos setecentistas (século XVIII). Existiam mais painéis, mas foram retirados durante as remodelações efetuadas no início do século XX.
Localização: Largo do Município

Igreja Matriz de Santa Maria
Igreja Matriz de Santa Maria
Igreja Matriz de Santa Maria
Igreja Matriz de Santa Maria


Torre da Porta Nova 
Faz parte da muralha do séc. XV. Originalmente denominada Torre do Cimo da Vila, é a única existente das 3 torres (com as torres da Ponte e da Porta do Vale) que correspondiam às entradas principais da vila. A Torre era inicialmente em forma de U. No século XVI ter-lhe-ão acrescentado o remate com cornija renascentista e as ameias decorativas e enriquecida no cimo com pequenas gárgulas. Só em 1631 lhe terão acrescentado a parede de pedra voltada a oeste, com várias janelas que hoje observamos. Funcionou como cadeia entre o séc. XVIII e 1932. Atualmente é centro de artesanato.
Localização: Largo da Porta Nova

Torre da Porta Nova
Torre da Porta Nova


Igreja do Bom Jesus da Cruz  
Constitui-se em um dos mais notáveis exemplares de arquitetura barroca de influência italiana no país. A sua origem está ligada ao chamado "Milagre da Cruz", prodígio religioso ocorrido em 20 de dezembro de 1504, ligado ao surgimento de uma cruz negra no carvalhal do "Campo da Feira". Com o intuito de proteger essa cruz, foi erguido um pequeno templo de planta quadrada, coberto por uma abóboda e aberto por 4 arcos. Em data incerta, os arcos foram fechados e ao seu redor foi erguida uma arcaria coberta com telhado. Em 1698 o arcebispo de Braga, D. João IX de Sousa organizou um pequeno concurso para a traça de uma nova igreja que substituiria a construção quinhentista. Em 1701 apresentam trabalhos 2 arquitetos de Lisboa. Todos os projetos previam uma igreja de planta centralizada, o que corresponde a uma tradição pré-medieval ainda em vigor de assinalar lugares especiais ou sagrados com ermidas de planta deste tipo. A construção iniciou-se em 1705, tendo sido aberta ao culto em 1710. Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1958. É um templo em estilo barroco, com planta centrada em Cruz Latina recoberto por cúpula. Internamente apresenta paredes revestidas com painéis de azulejos azuis e brancos, com cenas da Via Sacra e motivos vegetais, e talha dourada. Nele se destaca ainda a imagem do padroeiro, o Senhor Bom Jesus da Cruz, uma escultura quase em tamanho natural em madeira de carvalho, exemplar de arte flamenga do início do século XVI. Apenas o rosto e as mãos da imagem estão pintados.
Localização: Largo da Porta Nova


Igreja do Bom Jesus da Cruz
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Igreja do Bom Jesus da Cruz (altar mor)
Igreja do Bom Jesus da Cruz (órgão)


















Igreja do Bom Jesus da Cruz


Igreja de Nossa Senhora do Terço 
Faz parte do antigo convento de freiras beneditinas, datado do início do séc. XVIII. Com a lei de 1834 o mosteiro foi vendido e completamente descaracterizado. Deste salvou-se somente a sua igreja, a qual foi entregue aos cuidados da Confraria do Terço, e o portal do antigo convento. Apesar do seu exterior modesto, a igreja apresenta-nos um deslumbrante espaço interior - é um dos mais excelentes e densos interiores barrocos de Portugal, pela quantidade de azulejos que cobrem todas as paredes, pela talha dos seus 3 altares e pelas pinturas do teto. A sua importância na arte barroca advém sobretudo dos seus painéis de azulejo azul e branco, datados de 1713, mostrando cenas da vida de S. Bento e emblemas moralizantes.
Localização: Avenida dos Combatentes da Grande Guerra

Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço


Jardim das Barrocas
Em pleno centro histórico da cidade de Barcelos encontra-se uma das mais magníficas obras de arte da jardinagem do Minho e seguramente do país. Trata-se do Jardim das Barrocas, também conhecido por Passeio dos Assentos ou Passeio das Obras. Construído durante o século XVIII como parte integrante do Templo do Senhor da Cruz ou Igreja do Bom Jesus da Cruz, a qual se situa mesmo em frente no largo da Porta Nova, os jardins em estilo rococó, apresentam um passeio com muro de onde sobressaem grandes janelões com vistas para o jardim, além de uma entrada monumental entre obeliscos e fontes. A sua extraordinária beleza e o aspeto cuidado com que são mantidos graças ao esforço empenhado dos funcionários do município barcelense fazem destes jardins um verdadeiro cartão-de-visita da cidade de Barcelos.

Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas


Feira Semanal de Barcelos (Campo da Feira)
Na terra que reclama para si o título de Capital do Artesanato, a feira semanal é o acontecimento que pauta o ritmo da cidade. Esta tradição antiga e histórica, que data de 1412, foi autorizada por D. João nesse mesmo ano. E desde então, todas as 5ª feiras, desfila, na maior praça da cidade, toda a diversidade de artes e ofícios populares, desde a olaria, os bordados, a tecelagem e a cestaria, à talha da madeira e à forja do ferro. É também lá que se escoa o produto das pequenas hortas das redondezas. Aliás, é pela frescura das hortaliças e pela genuidade dos ovos caseiros que as donas de casa mais avisadas acorrem ao campo da feira, cedo, bem cedinho, quase à hora que o galo canta. Por estes motivos, a Feira de Barcelos é um dos principais fatores de atração turística do concelho e inspiração para poetas, escritores e artistas. Sobre o Campo da Feira de Barcelos, fica também esta curiosidade: esta praça foi classificada como um Monumento de Interesse Público, muito graças a esse acontecimento semanal.

Chafariz do Campo da Feira
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos


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1 comentário:

  1. Muito legal,gosto de ver coisas sobre Barcelos,por que meu sobrenome é Barcelos

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