Situada a norte do Porto, a cidade de Barcelos é
conhecida pelas suas cerâmicas artesanais, especialmente pelo Galo de Barcelos
– um colorido galo considerado um ícone nacional e muitas vezes usado como
símbolo de Portugal. A cidade medieval fortificada estende-se numa colina acima
do Rio Cavado, e as suas ruas encantadoras são ladeadas por casas barrocas. A feira no Campo da República, que se realiza todas as 5ª feiras, atrai
compradores e visitantes de toda a região. A Feira de Barcelos é um evento
essencialmente rural, com bancas de fruta e legumes sazonais, queijos caseiros
e bonitas peças de cerâmica, bem como todo o tipo de artesanato, em que o
protagonista é naturalmente o galo de Barcelos. Entre outras atrações locais incluem-se a Igreja de Nossa Senhora do Terço, o
Centro de Artesanato de Barcelos e as ruínas do Paço dos Duques de Bragança,
datado do século XV, que foram convertidas num museu arqueológico ao ar livre.
Este local também exibe um cruzeiro que descreve a história do Galo de Barcelos. Desde cedo é uma cidade habitada por povos, como vestígios em várias zonas de Barcelos indicam. Aproximadamente no ano de 1177, Barcelos pelas mãos de D. Afonso Henriques recebeu a carta de foral e em 1227 a cidade começava a chamar mais população. Já em 1928, Barcelos foi elevada a categoria de cidade.
Jardim das Barrocas
Câmara Municipal
Centro Histórico
Jardim das Barrocas
Câmara Municipal
A lenda do Galo de Barcelos
Segundo
a lenda, foi cometido um crime em Barcelos e os habitantes locais estavam
receosos, pois o culpado ainda não tinha sido descoberto. Um dia, um peregrino
galego chegou à cidade e, como era um desconhecido, tornou-se um suspeito. As
autoridades decidiram prendê-lo, apesar deste reclamar a sua inocência. Ninguém
acreditou que este estranho estaria a caminho de Santiago de Compostela.
O peregrino foi condenado à morte por enforcamento, mas antes da sua execução,
o galego pediu para ver o juiz que o havia condenado. Quando chegou à casa do
juiz, este estava num banquete com os seus amigos. O peregrino declarou
novamente a sua inocência e, perante a descrença de todos os presentes, ele
apontou para o galo assado que se encontrava em cima da mesa e disse: “Se eu
for inocente, este galo irá cantar três vezes”. O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava
prestes a ser enforcado, o galo ergueu-se e cantou 3 vezes. O juiz ficou tão
assombrado por este milagre que libertou o peregrino. Alguns anos depois, o
peregrino regressou a Barcelos e fez erguer um monumento em louvor à Virgem
Maria e a São Tiago. Desde então, os coloridos galos de cerâmica têm
sido vendidos por todo o país como símbolo de boa sorte.
Galo de Barcelos
Galo de Barcelos
Galo de Barcelos
Ponte Medieval
Ponte medieval
Pelourinho
Galo de Barcelos
Galo de Barcelos
Ponte Medieval
Localiza-se
sobre o Rio Cávado, constituiu-se em importante local de passagem para os
peregrinos do Caminho Portugues de Santiago e para as grandes feiras que
se realizavam em desde a Alta Idade Média. Terá sido erguida entre 1325 e
1328 por iniciativa de Pedro Afonso, Conde de Barcelos, embora alguns
autores refiram que a sua atual feição se deva a uma reconstrução empreendida
por Afonso I, Duque de Bragança, da primitiva ponte ali existente. Em 1801 a sua
estrutura foi bastante abalada no seu lado norte pela queda da torre do Paço
dos Condes de Barcelos, tendo sido necessário empreender grandes obras de
recuperação. A ponte é constituída por 5 arcos desiguais, sendo
maiores e mais altos os que cobrem o meio do Rio. Apresenta nos seus pilares,
talha-mares de estilo gótico.
Ponte medieval
Pelourinho
Também
referido como picota, atualmente encontra-se junto à Igreja Matriz de Barcelos,
próximo às ruínas do Paço dos Condes de Barcelos. Estima-se que terá sido
construído nos finais do século XV ou princípios do século XVI. Quando da
sua edificação, terá estado localizado no Largo da Picota, entre os Paços do
Concelho e a Igreja Matriz, tendo sido transferido para a sua atual
localização em 1905. Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde
1993. Trata-se de um pelourinho em estilo gótico, de fuste octogonal que
termina em gaiola. Pode-se considerar essa
gaiola em granito, como uma graciosa lanterna lavrada, típica do gótico final.
A sua base atual é formada por 4 degraus octogonais.
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca
Pelourinho
Pelourinho
Paço dos Duques de Barcelos ou Solar dos Pinheiros
Paço dos Duques de Barcelos ou Solar dos Pinheiros
É um histórico edifício barcelense construído
por volta do século XV. O edifício é um verdadeiro testemunho da arquitetura
civil da aristocracia enriquecida pelos descobrimentos portugueses e
o comércio ultramarino. Este edifício albergou durante muitos anos os Condes de
Barcelos mas agora pertence à família Pinheiro. O edifício já foi alvo de
inúmeras reconstruções, logo tem vários estilos arquitetónicos. Em 2009 foi
considerada uma das 24 Maravilhas de Barcelos.
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca
Paço dos Duques de Barcelos
Paço dos Duques de Barcelos
Paço dos
Condes de Barcelos
Também referido como Paço dos Duques de Bragança, foi
erguido na 1ª metade do século XV por
iniciativa de Afonso I, Duque de Bragança, constituindo-se em um castelo apalaçado.
Constituiu-se na edificação mais rica de Barcelos à época em que foi
construído. A decadência deste Paço iniciou-se em finais do século XVIII. Nas
ruínas hoje, já não é visível a primitiva torre, que se situava entre a Ponte
de Barcelos e as 4 primitivas
chaminés. Ela terá sido bastante danificada quando do terramoto de 1755, vindo
a ruir definitivamente em 1801. Em 1872,
diante do estado ruinoso do edifício, o Município de Barcelos, determinou
demolir o que restava. Essa demolição jamais chegou a concretizar-se na
totalidade, devido a diversos protestos populares. O que nos restou - pouco
mais do que algumas paredes e uma chaminé tubular
-, não consegue dar-nos ideia da sua grandeza original. Encontra-se
classificado como Monumento Nacional desde
23 de junho de 1910. No início do século XX, as suas ruínas passaram a albergar
o Museu Arqueológico de Barcelos. Erguido em estilo gótico, apresentava planta retangular com as dimensões de cerca
de 32 m por 16 m. Nele se destacavam 4 chaminés de grande altura.
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Localização: Rua Dr. Miguel Fonseca
Paço dos Condes de Barcelos
Paço dos Condes de Barcelos
Igreja
Matriz de Santa Maria
Também referida como Igreja
Matriz de Barcelos ou Colegiada, é vizinha do Paço dos Condes de
Barcelos e do Pelourinho de Barcelos. Sob a invocação de Santa Maria
Maior, terá sido iniciada no século XIII, vindo a sofrer diversas
transformações ao longo dos séculos. Encontra-se classificada como Monumento
Nacional pelo desde 15 de outubro de 1927. Trata-se de uma igreja
construída na transição do estilo românico para o gótico. Pelo exterior,
na fachada principal, o portal formado por 4 arquivoltas assentes em 8
colunelos, é ladeado por 2 botaréus. Na cabeceira também se podem ver os fortes
botaréus. No alçado lateral norte rasga-se um pórtico singelo. O interior é
constituído por 3 naves, onde se destacam 14 painéis formados por diversos
azulejos azuis e brancos setecentistas (século XVIII). Existiam mais
painéis, mas foram retirados durante as remodelações efetuadas no início do século
XX.
Localização: Largo do Município
Localização: Largo do Município
Igreja Matriz de Santa Maria
Igreja Matriz de Santa Maria
Igreja Matriz de Santa Maria
Igreja Matriz de Santa Maria
Torre da Porta Nova
Faz
parte da muralha do séc. XV. Originalmente denominada Torre do Cimo da Vila, é
a única existente das 3 torres (com as torres da Ponte e da Porta do Vale)
que correspondiam às entradas principais da vila. A Torre era inicialmente em
forma de U. No século XVI ter-lhe-ão acrescentado o remate com cornija
renascentista e as ameias decorativas e enriquecida no cimo com pequenas
gárgulas. Só em 1631 lhe terão acrescentado a parede de pedra voltada a oeste,
com várias janelas que hoje observamos. Funcionou como cadeia entre o séc.
XVIII e 1932. Atualmente é centro de artesanato.
Localização: Largo da Porta Nova
Localização: Largo da Porta Nova
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Constitui-se em um dos mais notáveis exemplares de
arquitetura barroca de influência
italiana no país. A sua origem está ligada ao chamado "Milagre da
Cruz", prodígio religioso ocorrido em 20 de dezembro de 1504, ligado ao
surgimento de uma cruz negra no carvalhal do
"Campo da Feira". Com o intuito de proteger essa cruz, foi erguido um
pequeno templo de planta quadrada,
coberto por uma abóboda e aberto
por 4 arcos. Em data incerta, os arcos foram fechados e ao seu redor foi erguida
uma arcaria coberta com telhado. Em
1698 o arcebispo de Braga, D.
João IX de Sousa organizou um
pequeno concurso para a traça de uma nova igreja que substituiria a construção
quinhentista. Em 1701 apresentam
trabalhos 2 arquitetos de Lisboa. Todos os projetos previam uma igreja de
planta centralizada, o que corresponde a uma tradição pré-medieval ainda em
vigor de assinalar lugares especiais ou sagrados com ermidas de planta deste
tipo. A construção iniciou-se em 1705, tendo sido aberta ao culto em 1710. Encontra-se
classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1958. É um templo em estilo
barroco, com planta centrada em Cruz Latina recoberto
por cúpula. Internamente apresenta paredes revestidas com painéis de azulejos
azuis e brancos, com cenas da Via Sacra e motivos vegetais, e talha dourada.
Nele se destaca ainda a imagem do padroeiro, o Senhor Bom Jesus da Cruz, uma
escultura quase em tamanho
natural em madeira de carvalho, exemplar de arte flamenga do início do século
XVI. Apenas o rosto e as mãos da imagem estão pintados.
Localização: Largo da Porta Nova
Localização: Largo da Porta Nova
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Igreja do Bom Jesus da Cruz (altar mor)
Igreja do Bom Jesus da Cruz (órgão)
Igreja do Bom Jesus da Cruz
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Faz parte
do antigo convento de freiras beneditinas, datado do início do séc. XVIII. Com
a lei de 1834 o mosteiro foi vendido e completamente descaracterizado. Deste
salvou-se somente a sua igreja, a qual foi entregue aos cuidados da Confraria
do Terço, e o portal do antigo convento. Apesar do seu exterior modesto, a
igreja apresenta-nos um deslumbrante espaço interior - é um dos mais excelentes
e densos interiores barrocos de Portugal, pela quantidade de azulejos que
cobrem todas as paredes, pela talha dos seus 3 altares e pelas pinturas do
teto. A sua importância na arte barroca advém sobretudo dos seus painéis de
azulejo azul e branco, datados de 1713, mostrando cenas da vida de S. Bento e
emblemas moralizantes.
Localização: Avenida dos Combatentes da Grande Guerra
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Igreja de Nossa Senhora do Terço
Jardim das Barrocas
Em
pleno centro histórico da cidade de Barcelos encontra-se uma das mais
magníficas obras de arte da jardinagem do Minho e seguramente do país. Trata-se
do Jardim das Barrocas, também conhecido por Passeio dos Assentos ou Passeio
das Obras. Construído durante o século XVIII como parte
integrante do Templo do Senhor da Cruz ou Igreja do Bom Jesus da Cruz, a qual
se situa mesmo em frente no largo da Porta Nova, os jardins em estilo rococó,
apresentam um passeio com muro de onde sobressaem grandes janelões com vistas
para o jardim, além de uma entrada monumental entre obeliscos e fontes. A sua
extraordinária beleza e o aspeto cuidado com que são mantidos graças ao esforço
empenhado dos funcionários do município barcelense fazem destes jardins um
verdadeiro cartão-de-visita da cidade de Barcelos.
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Jardim das Barrocas
Feira
Semanal de Barcelos (Campo da Feira)
Na
terra que reclama para si o título de Capital do Artesanato, a feira semanal é
o acontecimento que pauta o ritmo da cidade. Esta tradição antiga e histórica,
que data de 1412, foi autorizada por D. João nesse mesmo ano. E desde então,
todas as 5ª feiras, desfila, na maior praça da cidade, toda a diversidade
de artes e ofícios populares, desde a olaria, os bordados, a tecelagem e a
cestaria, à talha da madeira e à forja do ferro. É também lá que se escoa o
produto das pequenas hortas das redondezas. Aliás, é pela frescura das
hortaliças e pela genuidade dos ovos caseiros que as donas de casa mais
avisadas acorrem ao campo da feira, cedo, bem cedinho, quase à hora
que o galo canta. Por estes motivos, a Feira de Barcelos é um dos principais
fatores de atração turística do concelho e inspiração para poetas, escritores e
artistas. Sobre o Campo da Feira de Barcelos, fica também esta curiosidade:
esta praça foi classificada como um Monumento de Interesse
Público, muito graças a esse acontecimento semanal.
Chafariz do Campo da Feira
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos
Feira Semanal de Barcelos
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Muito legal,gosto de ver coisas sobre Barcelos,por que meu sobrenome é Barcelos
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