É uma
cidade costeira, de rica história, cultura e tradição. Considerada a
"Rainha da Costa de Prata" pelas suas extensas praias, tem no turismo
um dos principais recursos econômicos, sendo mesmo um dos principais centros
turísticos do País, contando igualmente com um dos maiores Casinos de Portugal,
rodeada por mar, rio e serras densamente arborizadas que lhe conferem
características únicas. Com ocupação humana desde tempos antigos, a Figueira da
Foz teve um grande desenvolvimento no século XVII e XIX devido ao movimento do
porto e ao desenvolvimento da indústria de construção naval, com abertura de
novas vias de comunicação e afluência de veraneantes. Em finais do século XIX e
início do século XX construíram-se novas infra-estruturas de desenvolvimento
que ainda se mantém, como os hotéis, casino, restaurantes e a zona onde se
concentra a atividade comercial. Foi nesta localidade, no início do século XIX,
que desembarcaram as tropas inglesas que vieram auxiliar Portugal na luta
contra as Invasões Francesas. Com um património histórico-cultural muito forte
e rico, destacam-se as suas inúmeras igrejas com as suas talhas douradas, onde
o Barroco tantas vezes impera, o Museu Municipal Dr. Santos Rocha com vasto espólio
que conta com coleções de arqueologia, etnografia, pintura, escultura, cerâmica
e mobiliário, o Forte de Santa Catarina e a Fortaleza de Buarcos, a Torre do
Relógio, diversos vestígios arqueológicos, e os muitos Palácios (como o
Sotto-Mayor), Parques e jardins, Palacetes e casas Senhoriais que atestam a
importância turística e económica desta cidade ao longo dos anos, a bonita
Marina, ou o recentemente construído Centro de Artes e Espetáculo, um marco
nacional na cultura e espetáculos. A Figueira da Foz mantém igualmente vivas
antigas tradições, como o famoso artesanato ou as suas festividades populares,
aliando tantas vezes progresso e tradição.
Forte de Santa Catarina
Foi
edificado em finais do séc. XVI para reforçar a defesa da foz do Mondego.
Juntamente com a Fortaleza de Buarcos e o Fortim de Palheiros, era parte do
sistema defensivo do porto e da baía da Figueira da Foz e de Buarcos. Com
estrutura de concepção triangular, tem 3 cortinas, um meio baluarte e 2 baluartes irregulares. A entrada dá acesso a um pátio interior onde se situa
uma pequena capela, de planta centrada e cúpula de nervuras, dedicada a Santa
Catarina de Ribamar.
O Forte, com o seu farol, permanece como referência histórica e elemento
emblemático da cidade.
Forte de Santa Catarina
Forte de Santa Catarina
Fortaleza
de Buarcos
Integrava,
juntamente com o Fortim de Palheiros e o Forte de Santa Catarina na
Figueira da Foz, o sistema defensivo desse trecho da costa, nomeadamente o
antigo porto marítimo da povoação. Acredita-se que a sua construção tenha se
iniciado no reinado de João I de Portugal (1385-1433), ou mais propriamente
no de Manuel I de Portugal (1495-1521), como defesa contra os ataques de
cosários Ingleses e Neerlandeses, bem como de piratas da Barbária, frequentes
na região. Da antiga fortificação subsiste atualmente apenas um pequeno troço
das suas muralhas, entre 2 balaustres, paralelo à marginal da Praia de Buarcos.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público, por Decreto
publicado em 1961.
Fortaleza de Buarcos
Fortaleza de Buarcos
Torre do Relógio
Torre do Relógio
A sua construção começou em 1942 e foi inaugurada cerca de 5 anos depois. Está classificada como Imóvel de Interesse Municipal desde 2004. Em meados do século XIX, o grande crescimento da cidade levou à construção de novos edifícios e equipamentos culturais e sociais, além do desenvolvimento urbano em redor do Forte de Santa Catarina. Na 1ª metade do século XX, novos equipamentos foram surgindo devido a regularização da Avenida Marginal, o qual merece muito destaque, nos anos 40 do século XX, a Torre do Relógio, deveria acolher cabinas sonoras (que seriam sinos simulados) e 2 mostradores de relógio, em estilo modernista.
Torre do Relógio
Torre do Relógio
Igreja Matriz de São Julião
A
primitiva Igreja seria o mais antigo templo da Figueira da Foz, edificado ou
reconstruído pelo abade Pedro em 1080, e esteve na origem da cidade, que
evoluiu a partir do aglomerado de casas que se construíram na envolvência da
primitiva igreja, num local então denominado de S. Julião da Foz do Mondego.
Nada restando da sua primitiva fundação, a atual igreja é uma reedificação do
séc. XVIII, com diversas intervenções posteriores. No interior, amplo, de nave
única, destaca-se uma capela lateral com um belo retábulo de pedra, da 2ª metade do século XVI, proveniente do Convento de Seiça.
Igreja Matriz de São Julião
Igreja Matriz de São Julião
Igreja Matriz de São Julião
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Fundado
a 6 de maio de 1894 por iniciativa do arqueólogo figueirense, Antonio dos
Santos Rocha, o museu esteve instalado na Casa do Paço até 1899, ano em
que se mudou para os Paços do Concelho. O museu conheceu repercussão nacional e
internacional no seu primeiro tempo áureo até à morte do seu fundador em 1910. Sobretudo
a partir de 1945, o enriquecimento das coleções - principalmente de pintura e
escultura - foi tornando inevitável a criação de instalações adequadas.
Construído em 1975 pela Fundação Calouste Gulbenkian, o museu transferiu-se em 1976
para as atuais instalações próprias. Em 1993, o museu foi distinguido pela Associação Portuguesa de Museologia com
o prémio de Melhor Museu do Ano.
O Museu alargou as suas atividades em 2003, com a inauguração do Núcleo
Museológico do Mar, em Buarcos, e o Núcleo Museológico do Sal (Ecomuseu) em Lavos.
Localização: Rua Calouste Gulbenkian
Horário: Inverno: 16/09 a 31/05: 3ª a 6ª – 09:30
- 17:15
Sábado - 14:00 - 19:00
Verão: 01/06 a 15/09: 3ª a 6ª – 09:30 - 17:15
Sábado, Domingo e Feriados - 14:00 - 19:00
Enverra: 2ª feira, 01/01, 6ª feira Santa, 01/05, 24/06 e 25/12
Preço: 1,00€
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Museu Municipal Dr. Santos Rocha
Palácio Sotto Mayor
Edifício de carácter civil, mandado construir por
Joaquim Sotto Mayor. Emigrado no Brasil, este
abastado negociante, de regresso a Portugal, visita a Figueira da Foz e decide
aqui construir um palacete onde viveu longas temporadas. Demorando cerca de 20
anos a ser construído, este belo palácio de 5 pisos foi considerado o “mais
belo e sumptuoso edifício da Figueira”. Construído em finais do séc. XIX, ao estilo dos palacetes
franceses, em que predominam, na fachada principal, motivos renascentistas. Da
visita ao seu interior, não se pode ficar indiferente aos painéis ornamentais,
paredes e tetos, a escadaria nobre, ou às peças de mobiliário e
de escultura que decoram as elegantes salas, vestíbulos, corredores e outros
aposentos. Na fachada posterior, uma galeria e escadaria estilo Luís XVI dá
acesso a um jardim romântico e a uma torre mirante, que segue de perto a
tipologia da Torre de Belém. Adquirido em 1967, pela Sociedade Figueira Praia,
o palácio foi convertido numa das mais relevantes unidades museológicas do
património local, abrindo as suas portas ao público em 1980. Para breve está
prevista a sua readaptação numa unidade hoteleira de charme.
Localização: Rua Joaquim Sotto Mayor
Horário: Verão: 3ª a Domingo - 14:00 - 18:00
Inverno: Sábados e Domingos - 14:00 - 18:00
Palácio Sotto Mayor
Palácio Sotto Mayor
Palácio Sotto Mayor
Casino
Durante o século XIX até ao século XX o casino chamava-se
Casino Peninsular, junto ao ex-Casino Oceano, que passou a ser uma zona de
artesanato, que foi recentemente alvo de obras de recuperação. Hoje chama-se o
Casino da Figueira da Foz, ou ainda, Casino Figueira, pois o outro casino está
em obras de recuperação. O casino atual também sofreu grandes alterações:
grande parte da parede exterior do edifício era
em mármore e agora, recuperado, é
em vidro. É o mais antigo casino de toda a Península Ibérica, com a sua licença
de jogo em vigor desde 1927, na altura, ainda não como casino
Casino da Figueira da Foz
ex-Casino Oceano
Casino
Casino
Casino
Imagens de Figueira da Foz
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