O
verdadeiro ex-libris de Chaves é o famoso presunto,
que acompanhado com um bocado de pão centeio e um copo de vinho da região
proporciona uma boa refeição. Mas são igualmente apetitosos os enchidos: as alheiras, o salpicão, as linguiças e as chouriças,
tudo feito com a carne do porco, que deve ser criado em casa e alimentado com
poucas rações para, posteriormente, se obterem produtos mais caseiros e
genuínos. Quer o presunto, quer os enchidos são secos e curados ao fumo das
lareiras e são ingredientes fundamentais para a confecção do Folar de Chaves, uma especialidade culinária deste burgo,
tal como os Pastéis de Chaves, uma
espécie de folhados com carne picada no interior. Na idade média, Chaves era uma cidade murada e o centro da cidade estava protegido por um sistema defensivo de paredes. No interior, a população estava hospedado em pequenas casas de vários
andares e granito estreito ou fachadas de pedra, aproveitando o espaço
existente. As ruas eram estreitas e para aproveitar o espaço
limitado dentro das paredes, a construção de varandas no piso superior, nas ruas era comum. Uma das mais típicas e pitorescas ruas estilo é a Rua
Direita, onde você pode ver muitos destas varandas em ambos os lados da rua,
que parecem tocar um ao outro, feitos de madeira de castanho e pinho. Embora em
menor grau, existem varandas em todo o centro histórico da cidade.
Ponte de Trajano
A cidade de Chaves está a cerca de 12 km da fronteira
com Espanha, na região de Trás-os-Montes. Atravessada pelo Rio
Tâmega, cedo foi preciso construir uma ponte para unir as 2 margens. A Ponte
Romana de Chaves (ou Ponte de Trajano)
foi construída no tempo do Imperador Trajano. Hoje é cartão de visita da
cidade. Tem cerca de 140 m de comprimento e 12 arcos de volta redonda visíveis
(alguns arcos foram escondidos durante obras e com o crescimento da cidade).
Ponte de Trajano
Ponte de Trajano
Forte São Francisco
Também
conhecido como Forte de Nossa Senhora
do Rosário, juntamente com o Forte de São Neutel, este forte, em posição
dominante na colina da Pedisqueira, vizinho ao Rio Tâmega e à antiga ponte
romana, destinava-se a defender a cidade, na fronteira da Galiza, à época da
Guerra da Restauração. O forte remonta a um Convento franciscano – o Convento
de Nossa Senhora do Rosário -, erguido no início do século XVI, que lhe deu a
designação. Na sua construção contribuíram o 8º duque de Bragança, D. João IV
de Portugal e foi o cenário da vitória Geral Silveira contra os franceses em
1809. Hoje dentro da fortaleza, onde ficava o convento, agora é um hotel de 4
estrelas com o mesmo nome e um jardim de 15.000 m². O Forte de São Francisco está
localizado no topo de uma colina e oferece excelentes vistas sobre a cidade,
incluindo a Torre de Menagem.
Forte São Francisco
Forte São Francisco
Forte São Francisco
Forte São Francisco (Capela)
Forte São Francisco (Jardins)
Forte São Francisco (Jardins)
Forte de São Neutel
Complementava,
na colina a Norte, a defesa proporcionada pelo Castelo e pelo Forte de São Francisco à cidade de Chaves. As suas obras
foram iniciadas no contexto da Guerra da Restauração, entre 1664 e 1668, quando
se procedeu à petrificação das estacas do Alto da Trindade e construção do
forte. Foi palco do combate, em 1912, entre forças civis, militares e o regime
republicano. No século XX, em 2 de dezembro de 1926, deliberou-se mandar
ultimar as obras da nova cadeia no Forte de São Neutel, para se proceder à
transferência dos presos da antiga cadeia. A fortificação pertence ao Exército
Portugues e, por essa razão,
normalmente se encontrava fechada à visitação. Atualmente existe um protocolo
entre o Exército Português e a
Câmara Municipal de Chaves, que cede a utilização do espaço. Na década de 1980 fez-se sentir a intervenção do poder
público na forma de diversas obras de beneficiação (1981-1987). Mais
recentemente, em 1994, foi construído um anfiteatro no interior do forte, pela
Câmara Municipal de Chaves, onde atualmente se realizam concertos e outras
atividades ao ar livre.
Forte de São Neutel
Forte de São Neutel
Torre de Menagem do Castelo
Do que dele resta, apenas a Torre se mantém como história viva de épocas conturbadas da reconquista cristã e de dote real para a resolução dos vários problemas políticos entre lusos e espanhóis. É com D. Afonso Henriques, que Chaves passa a integrar o território Portugues, sendo-lhe concedido foral em 1258 por diploma de D. Afonso III, o qual casara em Chaves com D. Beatriz filha ilegítima de D. Afonso X de Castela. Com a elevação à categoria de Vila que o foral lhe outorgou, consagrando Chaves como um núcleo populacional, economico e estratégico na linha de defesa das fronteiras do território Portugues, urgiu a necessidade da reconstrução do castelo e torre de menagem por alturas do reinado de D. Dinis. No seu interior, construiu-se um jardim, onde estão expostas algumas peças do Museu da Região Flaviense. O jardim está limitado por muralhas construídas aquando da fortificação da vila, por alturas das Guerras de Restauração. Do local podemos observar uma excelente panorâmica de todo o vale de Chaves. A manter está no topo e na força do que era um antigo castelo rodeado
por jardins com uma variedade de pequenas árvores, flores e algumas esculturas
que decoram ainda mais, este belo espaço cultural e natural. A Torre está classificada como Monumento Nacional desde 1938, e ocupa
vários andares do que é hoje o museu militar com excelentes armas antigas e
armaduras, bem como uniformes de época.
Preço: 1,00€ (dá acesso ao Museu da Região Flaviense)
Torre de Menagem do Castelo
Torre de Menagem do Castelo
Torre de Menagem do Castelo
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Praça de Camões (Paços do Duque de Bragança)
Praça de Camões (Igreja Matriz)
Praça de Camões (D. Afonso)
Museu da Região Flaviense
Museu da Região Flaviense
Termas
Igreja da Misericórdia
Foi construída no século XVII, e tem estilo barroco. Apesar de ser a mais bela igreja da cidade, não é sede paroquial. Construída no coração do Centro Histórico, junto aos Paços do Concelho. A fachada, granítica, antecedida de uma escadaria de pedra, está cuidadosamente decorada com pilastras e janelas. O interior, de uma só nave, tem as paredes revestidas de azulejos decorados, do século XVIII, ilustrando vários motivos e cenas bíblicas. Perto, fica a bem conservada Rua Direita, interessante pelas suas casas antigas e pelas lojas tradicionais.
Localização: Praça Caetano Ferreira (próxima ao Castelo)
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja da Misericórdia
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Construída no século XII e reconstruída no século
XVI. Classificado como Imóvel de
Interesse Público desde 31-12-1997, foi durante o
período romano, um dos mais importantes núcleos urbanos da península, tendo os
registos da época das invasões suevas, citado a cidade como sede de um bispado
cristão. O templo existente teria sido parcialmente destruído, tendo a época de
ocupação árabe, ditado a extinção da diocese. As referências documentais à
Igreja de Santa Maria Maior aparecem lavradas nas Inquirições Afonsinas de
1259. O templo românico terá sido construído possivelmente no século XII, sobre
outro de origem visigótica. Ainda se mantêm a torre sineira e o seu portal da
estrutura medieval. Foram feitas uma grande reforma ao templo no reinado de D.
João III, ao integrar na estrutura românica, 2 portais bem ao estilo
renascentista. De linhas claramente inspiradas na arquitetura italiana,
com um arco de volta perfeita e ladeado por colunelos é inserido no frontão de
remate triangular. A decoração é repleta de motivos de grutesco, possuindo esculpidos no
extra dorso do arco os bustos de São Paulo e São Pedro. No interior
conserva-se a estrutura medieval composto por 3 naves marcadas por robustos
pilares, teto de madeira (século XIX), Originalmente a cobertura era feita por
abóbodas de canhão. Antes da capela-mor, existem 2 capelas. A capela do
Santíssimo, do séc. XVI e reconstruída em meados de Setecentos. No espaço
fronteiro, a capela é dedicada a Santa Maria, atrás da qual se situa a
sacristia. A Capela-mor reedificada na 2ª metade do século XVI, (1561). Abre com um arco triunfal ogival, encimado
por um painel de azulejos, alusivo à Assunção de Maria.
Localização: Praça da República
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Igreja Matriz de Santa Maria Maior
Praça de Camões (Paços do Duque de Bragança)
Localizada na parte antiga da cidade com diversos monumentos em seu redor: Igrejas,
Estátuas, Castelo e Torre de Menagem e a Câmara Municipal. Uma das praças mais
elegantes da cidade. Nesta grande esplanada formando quadrados, encontra-se
a matriz conhecida como Igreja de Santa Maria, a Câmara Municipal de fachada
nobre da era clássica e apenas na frente da câmara, uma estátua de D. Afonso
1º Duque de Bragança.
Praça de Camões (Câmara Municipal)
Praça de Camões (D. Afonso)
Museu da Região Flaviense
Tem peças e história sobre o mundo romano que aqui
cresceu. O Museu insere-se
num complexo monumental dos mais emblemáticos que compõem o centro histórico da
cidade de Chaves - os Paços do Duque de Bragança, honrando desta forma a
memória de D. Afonso, filho legítimo de D. João I, que casou com D.
Brites, filha do Condestável D. Nuno Álvares Pereira. Após o matrimónio,
escolheu a então Vila de Chaves para residência onde mandou construir bem perto
do castelo o seu palácio, cuja construção terá começado em 1410 e
concluída em 1446. Mais do que residência digna de um nobre era um pequeno
albergue, e terra onde nasceram os seus 3 filhos. Mais certezas temos
relativamente à história mais recente do edifício. Sabe-se que em 1739 o
Governador das Armas da Província de Trás-os-Montes, mandou construir o edifício cuja fachada se volta para a atual
Praça de Camões para aí instalar o quartel da Guarda Principal e a Prisão Militar.
Com funções militares que o edifício, com intervenções de diferentes autores e
datas, vai atingir o porte monumental de hoje, com um largo portão encimado por
trabalhosas e artísticas armas reais em pedra. Já possuiu mais um piso quando
aí funcionaram as casernas de um regimento de infantaria, considerado depois
inútil e inestético.
Preço: 1,00€ (dá acesso a Torre de Menagem do Castelo)
Museu da Região Flaviense
Termas
Chaves é
também conhecida pelo seu Parque Termal e águas quentes. Da nascente saem águas
a temperaturas superiores a 70 graus. As Caldas de Chaves estão situadas
no Largo das Caldas, a cerca de 200 m do Centro Histórico de Chaves, na
margem direita do Rio Tâmega. As suas águas estão especialmente indicadas
para tratar doenças do aparelho digestivo, reumáticas, musculares e esqueléticas.
Termas
Termas
Termas
Termas
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