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Sesimbra possui um valioso patrimônio edificado, que preserva momentos importantes da história e da cultura local. Deste conjunto destacam-se o Castelo Medieval, a Capela do Espírito Santo dos Mareantes, o Santuário do Cabo Espichel e a Fortaleza de Santiago. O Castelo de Sesimbra situa-se numa colina a 240 m de altitude, com vista privilegiada sobre o mar e a serra. Conquistado por D. Afonso Henriques em 1165, foi classificado como Património Nacional em 1910 e conserva ainda hoje os 2 elementos essenciais da fortificação medieval: a muralha e a alcáçova. No interior pode visitar a Igreja de Nossa Senhora do Castelo, o Núcleo de Arqueologia de Sesimbra, a Torre de Menagem e o Centro de Documentação Rafael Monteiro. Na vila, a primeira paragem é na Capela e Hospital do Espírito Santo dos Mareantes, construída no século XV. Com fachada de estilo barroco, o edifício organiza-se por 2 pisos: a capela, no piso superior, cujo acervo inclui uma importante coleção de Arte Sacra, da qual se destaca a Nossa Senhora da Misericórdia, datada do século XVI, e o antigo hospital medieval, no piso inferior, o único exemplar do século XV existente em Portugal e um dos mais bem preservados da Europa. A Fortaleza de Santiago, junto à praia, é outro ponto de grande interesse patrimonial. Construída no século XVII para defender a costa dos frequentes ataques de piratas, acolheu, no século XVIII o governo militar da região e a residência de Verão dos infantes reais. Imperdível é o Cabo Espichel, onde se situa o Santuário de Nossa Senhora do Cabo, culto que remonta a 1410. O complexo inclui a Ermida da Memória, datada do século XV, a Igreja, as hospedarias, a Casa da Água e o Aqueduto.

Sesimbra

Castelo Medieval

É o último dos Castelos portugueses sobre o mar a manter a traça medieval. Apresenta planta irregular, ocupando todo o topo da encosta. O lado nascente é composto pela alcáçova com a torre de menagem e os torreões, protegida nas portas por torreões e no seu extremo poente por uma torre. No século X foi reforçado pelo emirato omíeda e definitivamente reconquistado antes de 1199 por colonos francos. Até ao século XVI acolheu a vila de Sesimbra, entrando depois em ruína, só travada pelo restauro realizado entre 1936 e 1941. Foi classificado como Monumento Nacional desde 16 de Junho de 1910 e Zona de Proteção pela portaria do Ministério das Obras Públicas e Comunicações de 9 de Outubro de 1945 e pela portaria do Ministério da Educação Nacional de 23 de Setembro de 1960.

Horário: Verão: Todos os dias - 7:00 - 20:00

Inverno: Todos os dias - 7:00 - 19:00

Castelo Medieval

Castelo Medieval

Castelo Medieval

Castelo Medieval

Igreja de Nossa Senhora do Castelo

A Igreja do Castelo data de 1165, embora só no reinado de D. Sancho I se inicie a construção de uma igreja maior românica - gótica de Santa Maria do Castelo, digna do concelho entretanto criado. No ano de 1165 foi criada a Paróquia de Nossa Senhora do Castelo de Sesimbra. A atual igreja é do início do século XVIII, 1721, pois sofreu danos importantes ao longo dos séculos. No século XX, a partir de 1955 a igreja perde fiéis porque, nasce uma igreja nova, muito mais perto da população. Assim a Igreja do Castelo começa a degradar-se e fica em ruína chegando a cair o teto. Com o objetivo de voltar a reabilitar a igreja, foram feitas diversas intervenções entre 1965 e 2001, ano em que foi novamente aberta ao público. Esta reabertura coincide com 9 séculos de história, 800 anos da carta de foral que lançou as bases para a Igreja de Nossa Senhora do Castelo

Localização: Rua Nossa Senhora do Castelo (Castelo)

Horário: 08:00 - 19:00

Igreja de Nossa Senhora do Castelo

Igreja de Nossa Senhora do Castelo

Igreja de Nossa Senhora do Castelo

Igreja de Nossa Senhora do Castelo

Torre de Menagem

Era um dos pontos mais importantes do Castelo. Tinha funções de vigilância e assumia-se como ponto vital de comunicações. A partir daqui estabelecia-se comunicação com Almada e Palmela, através de fumo ou fogo.

Localização: Rua Nossa Senhora do Castelo (Castelo)

Torre de Menagem

Núcleo de Arqueologia de Sesimbra

O Museu apresenta uma exposição permanente com moedas, peças de cerâmica e em osso, pinças e adornos, provas da ocupação humana do território, do Paleolítico à Idade Média. Possui ainda um espaço sobre a Lapa do Fumo, uma cavidade natural na Arrábida ocupada durante cerca de 6.000 anos, desde o Neolítico até ao século XII. No período islâmico, provavelmente, terá sido um local de recolhimento espiritual e de vigilância da costa.

Localização: Rua Nossa Senhora do Castelo (Castelo)

Horário: 3ª a Domingo: 9:00 - 12:00 / 14:00 - 17:30

Preço: Grátis

Capela do Espírito Santo dos Mareantes

Edificada no século XV como sede da Confraria do Espírito Santo dos Mareantes de Sesimbra, possuía uma capela e um hospital, arruinados com o terramoto de 1755. O hospital foi encerrado e permaneceu a Capela, até meados do século XX. De planta retangular, e com fachada de estilo barroco, o edifício organizava-se no seu interior por 2 pisos: a capela, no superior, e o antigo hospital, no inferior, surgindo neste último grafitos parietais de embarcações datadas do século XVII-XVIII. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público, e em 2000 a Câmara Municipal de Sesimbra, em parceria com a Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou a sua recuperação. A intervenção ficou concluída em Dezembro de 2004, altura em que abriu ao público como núcleo do Museu Municipal de Sesimbra. O seu acervo inclui uma importante coleção de Arte Sacra, da qual se destaca a pintura de Nossa Senhora da Misericórdia, datada do século XVI.

Localização: Rua Cândido dos Reis 17

Horário: Verão: 3ª a Domingo: 14:30 - 10:00 / 21:00 - 23:30

Inverno: 3ª a Domingo: 09:00 - 12:30 / 14:00 - 17:30

Encerra 2ª feira

Capela do Espírito Santo dos Mareantes

Capela do Espírito Santo dos Mareantes (Museu)

Capela do Espírito Santo dos Mareantes (Museu)

Fortaleza de Santiago

Foi edificada em 1648, altura em que o Rei mandou instalar um conjunto de fortificações ao longo da costa como defesas para os constantes ataques piratas. No século XVIII acolheu o governo militar da região e a residência de Verão dos infantes reais. Sem função militar, em 1879 foi cedida à Guarda-fiscal e em 1886 à Alfândega. A fortificação apresenta planta poligonal, adossando-se aos vértices do corpo central 2 baluartes triangulares a Norte e 2 trapezoidais a Sul. Este corpo alberga a casa do governador e as dependências da guarnição, a cisterna, o paiol e a Capela. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público.

Localização: Rua da Fortaleza

Horário: 2ª: 9:30 - 14:00

3ª a Domingo: 9:30 - 23:00

Fortaleza de Santiago

Fortaleza de Santiago

Fortaleza de Santiago

Forte de São Teodósio da Ponta do Cavalo

Também referido como Forte da Ponta do Cavalo ou Forte do Cavalo. Foi edificado entre 1648 e 1652 para complemento de defesa da baía de Sesimbra. Em 1755, o terramoto danificou-o, tendo sido recuperado e reutilizado no início do século XIX. Após as lutas liberais foi abandonado e em 1895 passou a acolher um farol. De planta poligonal irregular, apresenta 2 baluartes quadrangulares virados a Sul, que protegiam o complexo habitacional da guarnição e do paiol, 1 torre de planta circular na praça de armas, que protegia a cisterna e um farol na bateria alta. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público. Acesso condicionado.

Localização: Estrada do Porto de Abrigo (próximo ao Cabo Espinchel)

Forte de São Teodósio da Ponta do Cavalo (Farol)

Santuário do Cabo Espichel

O conjunto arquitetônico do chamado Santuário de Nossa Senhora da Pedra Mua, implantado no extremo do Cabo Espichel, é sem dúvida o mais importante e característico dos arredores. Há neste precioso agregado de edificações, desde a antiga Ermida da Memória à Igreja Seiscentista, desde os corpos rústicos das "hospedeiras" ao aqueduto e à "Casa da Água", uma unidade de valores gráficos que fez esquecer a disparidade de estilos. O culto de Nossa Senhora do Cabo perde-se na bruma dos tempos e é crível fosse centro de peregrinações. O atual culto remonta a cerca de 1410, ano em que teria sido descoberta na extremidade de Cabo Espichel a venerada imagem de Nossa Senhora do Cabo, por 2 velhos da Caparica e de Alcabideche, que em sonhos coincidentes teriam sido avisados pelo Céu. Antes de 1701 - data da construção da atual igreja - o arraial era circundado de casas para os romeiros que não obedeciam a alinhamento especial, e que se dispunham em torno do primitivo templo. A partir de 1715, a grande afluência de círios ao Cabo obrigou a que se construíssem hospedarias com sobrados e lojas. A obra das hospedarias iniciou-se em 1715, mas só entre 1745 e 1760 foi ampliada para as dimensões atuais. A igreja atual remonta a 1701 e é da iniciativa real de D. Pedro II. Penetrando no templo através de um bom guarda-ventos de madeira do Brasil, vislumbramos a ampla e bem proporcionada nave, coberta por um teto em madeira com uma composição a óleo que representa a Assunção da Virgem. Sobranceira à escarpas que afloram no extremo do Cabo Espichel, a poente da igreja e das hospedeiras, situa-se a Ermida da Memória, templinho implantado precisamente no local onde a tradição diz ter-se dado a aparição da Virgem. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público desde 5 de janeiro de 1950.

Santuário de Nossa Senhora do Cabo

Localizada ao centro do complexo do Santuáripo que lhe confere o nome, a Igreja de Nossa Senhora do Cabo Espichel destaca-se quer pela sua imponência, quer pelo seu peso histórico e religiosos. O templo, composto por nave única, apresenta-se coberto por um teto em abóbada, pintado a fresco em perspectiva simulada “trompe-l`oeil”, representando o tema da Assunção da Virgem. As paredes encontram-se revestidas por mármore da Arrábida, abrindo-se na parte superior 6 tribunas, entre as quais se encontram encaixilhadas 6 pinturas sobre tela, representando os passos da Vida da Virgem, executadas em 1743 por autor desconhecido. Os 10 altares no corpo da igreja apresentam retábulos pintados entre 1718-1722, destacando-se na capela-mor o retábulo com colunas torcidas e arquivolta concêntrica, da iniciativa dos vários círios, destacando-se a escultura de madeira policromada e estofada de São Pedro. Na capela-mor assume maior importância o trono do retábulo do altar-mor, com elegantes colunas salomônicas, a maquineta-relicário de prata dourada, doada pelo círio de Lisboa em 1680, que envolve a antiquíssima imagem de Nossa Senhora do Cabo, escultura pétrea de pequenas dimensões. A partir desta pequena imagem foi executada em 1751 uma réplica destinada aos círios anuais com itinerância pelas freguesias saloias. Notam-se ainda 3 painéis a óleo sobre tela representando a Natividade, a Adoração dos Magos e a Apresentação no Templo.

Horário: 9:30 - 17:30 diariamente