PORTUGAL - NAZARÉ

Uma praia espetacular, as casas brancas dos pescadores e imensos penhascos sobre um mar tão azul, fazem desta vila piscatória um destino turístico de eleição, sobretudo devido às suas características tradicionais.

A atração interessante é o Mirante do Suberco, uma parte da cidade localizada em cima da enorme falésia, com vista privilegiada e deslumbrante da cidade e da praia. 

Elevador da Nazaré

É um funicular explorado pela Câmara Municipal da Nazaré, e liga o Centro da Vila ao topo da falésia. É um dos transportes deste tipo com maior tráfego em Portugal, atingindo 1 milhão de passageiros por ano. O elevador foi inaugurado em 28 de Julho de 1889, originalmente funcionava a vapor, apenas na época balnear, estando aberto todo o ano desde o ano de 1930.

Horário: 06:00 - 21:00
Preço: 1,10€

Elevador da Nazaré

Elevador da Nazaré

Capela de Nossa Senhora da Nazaré 

Ou Ermida da Memória. A capela é pequena, mas guarda uma linda lenda: 

“Conta a Lenda da Nazaré que na manhã de 14 de Setembro de 1182, encontrando-se a região em paz com os mouros, D. Fuas Roupinho, alcaide do castelo de Porto de Mós, andava à caça nas suas terras, desporto de sua especial predileção, quando avistou um veado, e começou a persegui-lo seguido pelos seus companheiros. Durante a caçada, o veado (na versão popular uma materialização do próprio demónio) dirigiu-se para o litoral em direção a uma falésia no Sítio da Nazaré. De súbito, ficou tudo encoberto por um denso nevoeiro que se levantava do mar. Quando o cavaleiro se deu conta de estar no topo da falésia, em perigo de morte, reconheceu estar ao lado da gruta onde se venerava uma pequena imagem, de nossa Senhora com o Menino e rogou, num grito desesperado, à Virgem Maria: “Senhora, Valei-me!”. Imediata e milagrosamente o cavalo estacou fincando as patas no bico rochoso suspenso sobre o vazio, o Bico do Milagre, salvando-se assim o cavaleiro e a sua montada de morte certa, enquanto que o veado se precipitava até ao Oceano, mais de 100 metros abaixo. Em voto de gratidão, o nobre cavaleiro, mandou chamar pedreiros e permaneceu no local até começar a ser erigida sobre a gruta, em memória do milagre, uma pequena capela, a Capela da Memória, para ali passar a estar exposta, à veneração dos fiéis, a milagrosa imagem de origem desconhecida. Quando os pedreiros desfizeram o altar existente na gruta, encontraram um cofre em marfim, contendo algumas relíquias e um pergaminho no qual se relatava a história da pequena imagem esculpida em madeira, representando uma Virgem Negra sentada, a amamentar o Menino.”  
A capela fica bem na beira do mirante, tendo uma única e pequena janela com a vista da praia. É toda coberta, por dentro, com os típicos azulejos portugueses. Em uma parte, pode-se ver a imagem do cavaleiro perseguindo o veado e a Nossa Senhora salvando-o. Diz a lenda, ainda, que a rocha, na beira do abismo, traz até hoje a marca da pisada firme do cavalo, ao parar diante do vazio.

Capela de Nossa Senhora da Nazaré

Capela de Nossa Senhora da Nazaré (altar)

Capela de Nossa Senhora da Nazaré (o milagre)

Santuário de Nossa Senhora da Nazaré

Situa-se na praça principal desta vila de pescadores, onde anualmente, no mês de Setembro, celebra-se o festival dedicado à padroeira. É um imponente santuário ao estilo barroco, do final do século XVII, apresenta uma fachada com a forma de uma galeria que se abre no alto de uma escadaria semi-circular. A face do relógio é protegida por 2 bonitas torres gémeas. No seu interior, com uma nave e um altar-mor em dourado esculpido com colunas salomônicas está decorado com painéis de azulejos azuis e brancos do século XVIII, retratando cenas bíblicas; e uma pintura sobre a tela do milagre do aparecimento de Nossa Senhora a Fuas Roupinho. Este templo foi construído por ordem do Rei D. Fernando, em 1377, para salvar a imagem sagrada da Virgem, depois do crescente afluxo de peregrinos à Capela da Memória.

Santuário de Nossa Senhora da Nazaré

Santuário de Nossa Senhora da Nazaré

Santuário de Nossa Senhora da Nazaré



Tradições

A ligação do povo da Nazaré ao mar está bem patente no artesanato local, em que se destacam as redes, as bóias, as canastras e as bonecas tradicionais vestidas com os trajes típicos de 7 saias, e na gastronomia, em que predominam os pratos de peixe e mariscos, como as Caldeiradas, as Sopas, a açorda e o arroz de marisco e os carapaus secos. Os pescadores com as suas camisas quadriculadas estão sempre acompanhados de suas mulheres, onde elas tecem as redes e até hoje usam suas típicas saias.

Tradições

Tradições

As ondas da Nazaré (Praia do Norte)

A Nazaré é hoje conhecida, a nível nacional e internacional, pelas suas fantásticas ondas, que chegam a atingir os 30 metros e fazem as delícias dos surfistas. Como se formam as super-ondas: 

O Canhão da Nazaré, é um desfiladeiro submarino de origem tectónica situado ao largo da costa da Nazaré,  relacionado com a falha da Nazaré-Pombal, começa a definir-se a cerca de 500 m da costa. Considerado por muitos o maior da Europa, separa a costa da Península Ibérica na direção este-oeste desde a Plataforma Continental, numa extensão de cerca de 211 km começando a uma profundidade de 50 m até à Planície Abissal Ibérica onde atinge profundidades na ordem dos 5000 m.

As ondas da Nazaré

As ondas da Nazaré



Forte de São Miguel Arcanjo

Na ponta da falésia, no extremo do Promontório, também referido como Forte do Morro da Nazaré ou simplesmente Forte da Nazaré, ergue-se em posição dominante sobre a praia da Nazaré, afamado e tradicional ponto de pesca, santuário e balneário. A primitiva defesa do local remonta ao reinado de D. Sebastião (1557-1578), que ali determinou erguer uma fortificação para defesa do povoado piscatório no monte da pederneira (1577), por cujo porto era escoada a madeira do Pinhal d’El Rey (Pinhal de Leiria) e cujos estaleiros já possuíam importância econômica de vulto à época. Essas obras, entretanto, só ganhariam impulso durante a Dinastia Filipina, quando o rei D. Filipe II (1598-1621), por volta do ano de 1600, determinou reconstruir a 1ª fortaleza de acordo com planta. Ainda em construção, um corsário neerlandês penetrou no porto de Pederneira e apresou uma embarcação portuguesa com carga de madeira de pinho e uma nau de Biscaia que transportava ferro, vinho e armas (1611). Necessitando de reparos no início do século XVII, à época da Guerra de Restauração da Independência Portuguesa a Coroa determinou a sua modernização e ampliação (1644), quando adquiriu a sua atual conformação. Nos dias de hoje o Forte serve de observatório da Praia do Norte, uma praia com grandes ventos e ondas, sendo propícia à prática de esportes como surf, kitesurf, windsurf e bodyboard, e aonde acontece as maiores ondas do mundo.

Forte de São Miguel Arcanjo

Forte de São Miguel Arcanjo

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