É uma cidade histórica,
com um papel crucial na formação de Portugal, e que conta já com mais de um
milénio desde a sua formação, altura em que era designada como Vimaranes. Podendo
este topônimo ter tido origem em Vímara Peres, nos meados do século IX, quando
fez deste local o seu principal centro governativo do condado Portucalense que tinha conquistado para o Reino de
Galiza e onde veio a falecer. Guimarães
é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro
histórico considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, tornando-a
definitivamente um dos maiores centros turísticos da região. As suas ruas e
monumentos respiram história e encantam quem a visita. A Guimarães atual soube
conciliar, da melhor forma, a história e consequente manutenção do património
com o dinamismo e empreendedorismo que caracterizam as cidades modernas, que se
manifestou na nomeação para Capital Europeia da Cultura em 2012, fatores que levaram Guimarães
a ser eleita pelo New Yoerk Times como
um dos 41 locais a visitar em 2011 e a considerá-la um dos emergentes pontos
culturais da Península Ibérica. Foi ainda Cidade Europeia do Desporto em 2013. Guimarães
é muitas vezes designada como "Cidade Berço", devido ao
fato aí ter sido estabelecido o centro administrativo do Condado Portucalense
por D. Henriques e por seu filho
D. Afonso Henriques poder ter
nascido nesta cidade e fundamentalmente pela importância histórica que a
Batalha de São Mamede, travada na periferia da cidade em 24 de Julho de 1128, teve
para a formação da nacionalidade. Contudo, as necessidades da reconquista e de proteção de territórios a sul
levou esse mesmo centro para Coimbra em
1129. Classificada pela UNESCO em 2001 como Patrimonio Mundial da Humanidade.
Castelo de Guimarães
A imponente torre de menagem do
castelo de Guimarães domina todo o horizonte. Este castelo em forma de escudo
foi construído
no século X para
proteger a cidade dos invasores e ampliado
no século XII, passando a ser usado como arsenal e
palácio. Marcado pelos episódios que deram
origem a Nação Portuguesa, o Castelo de Guimarães terá assistido também ao nascimento do 1º Rei de Portugal, D.
Afonso Henriques. A 1ª estrutura militar construída em Vimaranes (Guimarães) data
provavelmente do século X, mas
dada edificar por, Mumadona Dias, que herdara do seu marido o governo das
terras de Portucale. Esta estrutura defensiva tinha como finalidade a recolha
da população em caso de ataque e a defesa do mosteiro que, Mumadona, também ali
mandou edificar. Este mosteiro viria a ser alvo de muitas doações de Mumadona,
nomeadamente terras, gado, rendas, objetos de culto e livros religiosos e
também o próprio castelo, que na época não devia ser mais do que uma estrutura
simples. Estas terras são doadas,
por volta do ano de 1100, pelo Rei Afonso VI de Leão, a D.
Henrique de Borgonha, pelos
serviços prestados na luta contra os árabes, formando o Condado
Portucalense. O conde D. Henrique e sua esposa, D. Teresa de Leão, instalam-se em Vimaranes, supondo-se que terão erguido um novo
castelo, nomeadamente a torre de menagem e melhorado as estruturas defensivas à
sua volta, passando a ser a sua residência. Neste castelo terá nascido D. Afonso
Henriques, nele resistiu, já na sua luta pela independência, ao ataque das forças do Rei Afonso
VII, de Leão, em 1127, e no
campo de S. Mamede, nas imediações da fortaleza, derrotou, no ano seguinte, as
forças de D. Teresa, sua mãe. O castelo manteve a sua importância ao longo
de vários séculos de disputas entre Portugal e Castela. Já no reinado de D. João I,
em 1389, após mais um confronto
com Castela, são executadas obras de reforço defensivo da cidade, que passou a
designar-se Guimarães. Com
os progresso militares, as muralhas e os castelos perdem
importância e no século XVI, o
castelo de Guimarães funcionava como prisão, função que um grupo de
vimaranenses, em 1836, usou
como justificação para pedirem a sua demolição, o que não seria aceite, e já no
reinado de D. Luís, em 1881, o
castelo é classificado como Monumento Histórico de Primeira Classe. Atualmente está classificado como Monumento Nacional. Os visitantes podem caminhar ao
longo das muralhas do castelo e visitar a pequena capela românica de São Miguel.
Em 1910, o castelo foi classificado como Monumento
Nacional. Eleito em 2007 como uma
das Sete Maravilhas de Portugal.
Localização: Rua Conde D. Henrique
Horário: Paço dos Duques, Castelo de Guimarães e Igreja de São Miguel:
Todos os dias das 9:30 hs - 18:15 hs
Encerra: 01/01, Páscoa, 01/05 e 25/12
Preço: Castelo: Grátis
Paço dos Duques: 5,00€ (grátis 1º domingo de cada mes)
Castelo de Guimarães
Castelo de Guimarães
Paço dos Duques
Majestosa casa senhorial do século XV, mandada edificar por D. Afonso - futuro Duque de Bragança, filho bastardo do Rei D. João I - a qual lhe serviu de residência e à sua segunda mulher, D. Constança de Noronha. Palácio de vastas dimensões, com características arquitetônicas de casa fortificada, coberturas de fortes vertentes e inúmeras chaminés cilíndricas que denotam a influência da arquitetura senhorial da Europa Setentrional, trata-se de um exemplar único na Península Ibérica. O século XVI marca o início de abandono progressivo e consequente ruína que se agravaram até ao século XX. A reedificação do palácio começou em 1937 e prolongou-se até 1959, altura em que é aberto ao público e transformado em Museu cujo espólio é datado dos séculos XVII e XVIII. Das coleções existentes destaca-se pelo seu valioso contributo para a história dos Descobrimentos Portugueses, o conjunto das 4 cópias das tapeçarias de Pastrana, que narram alguns dos passos das conquistas do norte de África, nomeadamente Arzila e Tânger. Os originais foram mandados executar em Tournai, no século XV pelo rei português D. Afonso V encontrando-se hoje em Espanha. As cópias (únicas) foram adquiridas pelo Estado Português em 1957 sendo executadas em Espanha pela Real Fábrica de Tapices de Madrid. Encontramos ainda o núcleo de tapeçarias flamengas, nomeadamente as que foram executadas segundo cartões de Pieter Paul Rubens, cujos temas são episódios da vida de um Cônsul Romano. Estas tapeçarias são notáveis pelos panejamentos e jogos de sombra. Faz ainda parte do espólio do Museu a mostra de mobiliário português do período pós-descobertas, de que merece especial destaque o conjunto de contadores, desde os indo-portugueses, aos hispano-árabes de estilo mudéjar, aos belos bargeños espanhóis. A ornamentar o mobiliário temos uma grande coleção de porcelanas da Companhia das Índias, e faianças portuguesas das principais fábricas da época: Prado, Viana, Rocha Soares e Rato. Numa das salas encontram-se expostas algumas das armas que foram reunidas pelo 2º Visconde de Pindela, e mais tarde adquiridas pelo estado Português, cuja coleção compreende vários exemplares de armas brancas, de fogo e elementos de armaduras dos séculos XV a XIX. O edifício está classificado como Monumento Nacional e é hoje
usado como residência oficial do Presidente da República.
Localização: Rua Conde D. Henrique
Localização: Rua Conde D. Henrique
Horário: Paço dos Duques, Castelo de Guimarães e Igreja de São Miguel:
Todos os dias das 9:30 hs - 18:15 hs
Encerra: 01/01, Páscoa, 01/05 e 25/12
Preço: Castelo: Grátis
Paço dos Duques: 5,00€ (grátis 1º domingo de cada mes)
Paço dos Duques
Paço dos Duques
Paço dos Duques (sala dos banquetes)
Paço dos Duques (quarto)
Paço dos Duques
Paço dos Duques (salão nobre)
Paço dos Duques
Paço dos Duques
Paço dos Duques (sala das armas)
Paço dos Duques (capela)
Capela de São Miguel
Construção do início do
século XII, provavelmente pelo Conde D. Henrique, de estilo românico, de
pequenas dimensões e de grande simplicidade arquitetônica. Tem um grande
simbolismo pela sua ligação histórica ao período da fundação da nacionalidade e
à tradição de ter sido aí batizado D.Afonso Henriques. No seu interior o
pavimento está lajeado com sepulturas que se atribuem a nobres guerreiros
ligados à fundação da nacionalidade. Está classificada como Monumento Nacional desde 1910.
Localização: Rua Conde D. Henrique
Horário: Paço dos Duques, Castelo de Guimarães e Igreja de São Miguel:
Todos os dias das 9:30 hs - 18:15 hs
Encerra: 01/01, Páscoa, 01/05 e 25/12
Preço: Castelo: Grátis
Paço dos Duques: 5,00€ (grátis 1º domingo de cada mes)
Capela de São Miguel
Capela de São Miguel
Capela de São Miguel
Rua de Santa Maria
Foi uma da primeiras ruas
abertas em Guimarães, pois destinava-se a ser um elo de ligação entre o
convento fundado por Mumadona, rodeado pela parte baixa da vila, e o Castelo
situado na parte alta da vila. É já referenciada por este nome em documentos do
séc. XII, embora ao seu troço superior fosse dado o antigo nome de Rua da
Infesta. Ao longo do seu percurso encontramos vários testemunhos arquitetônicos
do seu passado: o Convento de Santa Clara, a Casa do Arco, a Casa dos Peixotos
e a Casa Gótica dos Valadares, e tantos outros que lhe dão uma identidade
própria e características na cidade de Guimarães.
Rua de Santa Maria (Casa do Arco)