quarta-feira, 22 de abril de 2015

PORTUGAL - ÉVORA

É uma cidade portuguesa da região do Alentejo, é a única cidade portuguesa membro da Rede de cidades europeias mais antigas. É sede de um dos mais extensos municípios e o seu centro histórico bem-preservado é um dos mais ricos em monumentos de Portugal, o que lhe vale o título de Cidade-Museu. Em 1986, o centro histórico da cidade foi declarado Patrimônio Mundial pela  UNESCO. Évora deve o seu nome original Ebora aos Celtas e é uma das cidades históricas mais belas do mundo. Os Romanos construíram o seu templo glorioso em honra do imperador Augusto e a nobreza portuguesa mandou erguer palácios imponentes, capelas, conventos, igrejas e a majestosa catedral gótica. Vestígios de diferentes épocas e civilizações mantêm-se praticamente intactos numa cidade onde as pessoas passeiam por ruas calcetadas medievais. Amplas arcadas cedem passo a pitorescas praças, onde se encontram lojas de artesanato e modernas boutiques de marcas. Os cafés com esplanadas convidam-no a relaxar, enquanto os bares e restaurantes oferecem uma viagem gastronómica pela região sul do país. Deixe as preocupações do mundo moderno e acolha o charme de Évora – a cidade mais romântica do Alentejo!


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Praça de Giraldo
Em Évora, todos os caminhos vão dar à Praça do Giraldo. Sempre foi assim desde a sua construção em 1571/1573. A Praça do Giraldo é um ícone de homenagem a Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, pois este conquistou Évora aos mouros em 1167. Em agradecimento por este enorme feito, D. Afonso Henriques nomeou-o alcaide da cidade e fronteiro-mor do Alentejo, região que ajudaria a conquistar. No brasão de Évora podemos ver Geraldo Geraldes com a espada em punho, a cavalo, e a seus pés a cabeça do mouro e a sua filha que residiam no castelo que o guerreiro atacou e onde se apoderou das chaves da cidade. Depois da cidade de Évora estar na posse da coroa portuguesa, o património constituído por esculturas e um arco do triunfo foram mandados destruir para então edificar a fonte que agora permanece um dos centros de atenções dos eborenses e dos turistas na praça. Esta fonte em estilo barroco é de mármore e tem 8 bicas, cada uma associada a cada rua principal da praça, na base existe uma coroa. Segundo a história popular, Filipe III de Espanha, em 1619 achou que a fonte era digna de ser coroada. Apesar da água continuar a sair pelas bicas, é aconselhável não a beber, pois os pombos da cidade apoderaram-se da fonte para aí beberem e se refrescarem nas horas de calor! Por baixo das arcadas, que todos procuram pela sua arquitetura e pela sombra que dão, pode encontrar comércio do mais variado, e 2 pontos essenciais a visitar: o famoso Café Arcada, com alguns dos melhores bolos da cidade; e a Papelaria Nazaré, a mais antiga de Évora. Do lado oposto das arcadas, encontra novamente comércio e, no meio da praça, sente-se numa das maravilhosas esplanadas e aproveite o seu descanso no Alentejo enquanto admira as fachadas em estilo neoclássico e romântico. Repare nos interessantes candeeiros espalhados pela praça e nos brasões no seu topo que homenageiam Geraldo Geraldes, o Sem Pavor! A praça, foi considerada como Monumento Nacional em 1910,  o seu chão é constituído por calçada portuguesa. Deve visitar a praça lentamente, a pé, para usufruir a 100% de todos os pormenores que esta oferece, quer sejam as curiosidades por lá espalhadas ou o ambiente de paz que transmite aos turistas e aos eborenses, para quem ela é um lugar muito querido.
Praça de Giraldo (Igreja de Santo Antão)
Praça de Giraldo (fonte)
Praça de Giraldo (as arcadas)
Praça de Giraldo (as arcadas)
Praca Giraldo Evora brasao
Praça de Giraldo (candeeiros com o brasão)
Praça de Giraldo
Praça de Giraldo (brasão)


Igreja de Santo Antão
Localizada na Praça do Giraldo e mandada construir também por D. Henrique. Ela foi a razão por que se destruíram os monumentos circundantes da praça, pois estes tapavam a vista da igreja. A sua construção iniciou-se em 1557. Lá dentro, destaca-se o raro frontal de mármore do altar-mor que representa o Apostolado da igreja que antes ocupava o seu espaço, a ermida de Santo Antoninho. Esta igreja, uma das mais importantes de Évora, domina um dos lados da praça e apresenta ainda 3 naves no seu interior. Toda a restante construção relembra uma igreja salão. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1970
Igreja de Santo Antão
Igreja de Santo Antão


Largo Portas da Moura
Chamada de fonte por uns e de chafariz por outros, é sem dúvida, um monumento de arquitectura civil renascentista bastante gracioso, devido às características artísticas e peculiares que apresenta. A sua inauguração deu-se em finais de 1556, tendo sido construída graças à existência do magnífico Aqueduto da Água da Prata que permitiu a condução da água até à zona da cidade denominada por Porta de Moura. A edificação da fonte deve-se ao Cardeal-Arcebispo D. Henrique, regente na menoridade de D. Sebastião, tendo contribuído para a obra. A casa do ducado de Bragança recebia inclusivamente os sobejos da água da fonte, através de canalização subterrânea. Vários eram os moradores que recebiam os sobejos da fonte, a que tinham direito, consoante as épocas de estiagem.
Largo Portas da Moura
Largo Portas da Moura


Igreja e Convento Nossa Senhora do Carmo
O Convento de Nossa Senhora do Carmo é um vasto monumento religioso, o edifício ficou praticamente destruído com o cerco de Évora durante a Guerra da Restauração (séc. XVII). Os frades carmelitas, desalojados pediram ao Rei D. Afonso VI que os deixassem habitar o antigo Paço dos Duques de Bragança. O monarca acedeu ao pedido, doando a antiga moradia dos Bragança aos Carmelitas, com a condição de manterem a célebre Porta dos Nós, símbolo da Sereníssima Casa de Bragança, o que os frades respeitaram. A igreja foi sagrada solenemente no ano de 1691. A entrada para a igreja faz-se por longa escadaria de granito, para onde se abre a monumental Porta dos Nós, que os frades aproveitaram para porta da igreja. O interior, de proporções monumentais, compreende 1 só nave, de abóbada de berço com 6 capelas laterais, coro-alto e galerias altas, pelas quais se ilumina a nave. Sob o cruzeiro ergue-se a maior cúpula da cidade de Évora. Os 3 altares do cruzeiro são particularmente monumentais, o do lado esquerdo chamado de Nossa Senhora da Piedade, é o mais antigo do templo sendo ainda do reinado de D. Pedro II; o do lado direito chamado do Santíssimo Sacramento, é particularmente majestoso, já da época do barroco-rococó. Finalmente o Altar-Mor, de enormes dimensões, de talha dourada e marmoreada, destacando-se as ornamentações do trono da exposição solene do Santíssimo Sacramento e da imagem de Nossa Senhora do Carmo.
Localização: Largo das Portas de Moura
Igreja Nossa Senhora do Carmo

Igreja Nossa Senhora do Carmo (Porta dos Nós)
Igreja Nossa Senhora do Carmo
Igreja Nossa Senhora do Carmo (altar-mor)
Igreja Nossa Senhora do Carmo (altar-mor)


Templo Romano de Évora ou Templo de Diana
Este é um dos marcos da cidade e um dos principais símbolos da ocupação romana de Portugal. O templo foi originalmente construído no séc. I d.C. para servir de local de culto ao imperador Augusto e ainda conserva 14 das suas colunas. Reza a história que foi erigido em honra de Diana, a deusa romana da caça, daí ser conhecido como Templo de Diana. O templo fazia parte integrante do fórum de que se conhece a praça lajeada a mármore e uma estrutura porticada envolvente, onde provavelmente estariam lojas. Foi este templo edificado em meados do séc. I, consagrando-se provavelmente ao culto imperial. Possuía uma planta retangular, medindo 24.60 m X 14.19 m, assentando num podium de 4 m de altura. Na sua construção foi usado granito local, bem como mármore de Estremoz nos capitéis coríntios e na base. Um espelho de água em forma de U circundava-o. A história do Templo confunde-se com a história de Évora. Na Idade Média foi utilizado como "açougue das carnes" , sendo aí o principal ponto a retalho de venda de carne da cidade. Em 1870, decidiu-se repor a praça original disponível, assim foi restaurado como hoje se exibe, ainda que sem cela, arquitrave, friso e muitas das suas colunas. Nesse processo colaboraram muitos nomes ilustres do tempo, entre eles Alexandre Herculano.

Templo de Diana
Templo de Diana
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Templo de Diana



Sé Catedral
A Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, mais conhecida por Catedral de Évora ou simplesmente Sé de Évora, apesar de iniciada em 1186 e consagrada em 1204, esta Catedral de granito só ficou pronta em 1250. É um monumento marcado pela transição do estilo românico para o gótico, marcado por 3 majestosas naves. Nos séculos XV e XVI, a catedral recebeu grandes melhoramentos, datando dessa época o coro-alto, o púlpito, o batistério e o arco da capela de Nossa Senhora da Piedade, também conhecida por Capela do Esporão, exemplar raro de arquitetura híbrida plateresca, datado de 1529. Do período barroco datam alguns retábulos de talha dourada e  outros melhoramentos pontuais nas decorações santuárias. Ainda no sec. XVIII a catedral foi enriquecida com a edificação da nova capela-mor, patrocinada pelo Rei D. João V, onde a exuberância dos mármores foi sabiamente conjugada com a austeridade romano-gótica do templo. Em 1930, por pedido do Arcebispo de Évora, o Papa Pio XI concedeu à Catedral o título de Basílica Menor. Nas décadas seguintes foram efetuadas algumas obras de restauro, tais como a demolição das vestiarias do cabido, do séc. XVIII, (que permitiram pôr a descoberto a face exterior e as rosáceas do claustro) e o apeamento de alguns retábulos barrocos que desvirtuavam o ambiente medieval das naves laterais. É possível a visita, mas é cobrada uma entrada mesmo para a igreja propriamente dita, o que um crente que se dirija ao local para as suas orações tem que pagar para aceder ao local, o que vai contra aos princípios do livre acesso aos locais de culto. A fachada da catedral é flanqueada por 2 torres, ambas do período medieval, sendo a torre do lado sul a torre sineira da catedral, cujos sinos há séculos marcam o passar das horas na cidade. Flanqueando o portal há soberbas esculturas de Apóstolos do sec. XIV, O trecho arquitetônico mais emblemético do exterior é a parte mais alta da cúpula, em forma de torre, torre-lanterna do cruzeiro das naves erguida no reinado de D. Dinis, que é o ex-libris da catedral e um dos trechos mais conhecidos da cidade. Além do pórtico principal há mais 2 entradas: a Porta do Sol, virada a sul com arcos góticos e a Porta Norte, reedificada no período barroco.
Localização: Largo do Marques de Marialva   
Horario:  Catedral + Claustro – diariamente - 09:00 – 12:00 e 14:00 – 16:50
              Museu da Catedral - 09:00 – 11:30 e 14:00 – 16:00 - Encerra às 2ª 
Preço:   Catedral + Claustro – 4,00€   
             Museu da Catedral - 3,50€  
Sé Catedral
Sé Catedral

Sé Catedral
Sé Catedral
Sé Catedral
Sé Catedral (naves e capela-mor)
Sé Catedral (mármores da capela-mor)

Sé Catedral
Sé Catedral (Claustro)

Sé Catedral (Claustro)


Igreja Real de São Francisco
É uma igreja de arquitetura gótico-manuelina. Construída entre 1480 e 1510, está intimamente ligada aos acontecimentos históricos que marcaram o período de expansão marítima de Portugal. Isso fica patente nos símbolos da monumental nave de abóboda ogival: a Cruz da Ordem de Cristo e os emblemas dos reis fundadores, D. João II e D. Manuel I. Segundo a tradição, nesta igreja foi sepultado Gil Vicente em 1536. Na extensa nave do templo, abrem-se 10 capelas laterais, compostas por retábulos de talha dourada e policromada (séc. XVIII) e de estuques (séc. XIX). Alguns são provenientes da igreja do Convento da Graça, de onde foram salvos da ruína. No Batistério está a batismal da antiga Igreja de São Pedro e uma curiosa representação do Batismo de Cristo no Jordão, em cortiça proveniente do antigo Convento de Santa MônicaParticularmente majestoso é o conjunto artístico da Capela da venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência (constituída por leigos), nela se conjugam harmoniosamente todo o esplendor da talha barroca do período joanino com os azulejos e telas representativos de temáticas franciscanas.
Localização: Praça 1º de Maio
Horário: Diariamente: 09:00 - 17:15

Igreja Real de São Francisco

Igreja Real de São Francisco

Igreja Real de São Francisco

Igreja Real de São Francisco (Capela Senhor dos Passos)

Igreja Real de São Francisco (Capela Mor)


Capela dos Ossos
É uma das curiosidades, sendo um dos ex-libris da cidade de Évora. A capela foi construída nos séculos XVI e XVII, no lugar do primitivo dormitório dos frades. A sua construção partiu da iniciativa de 3 frades franciscanos que queriam proporcionar uma melhor reflexão acerca da brevidade da vida humana, de que a vida é apenas uma mera passagem para o Céu ou para o Inferno. A capela é constituída por ossadas provenientes das sepulturas da igreja, do convento e de outras igrejas e cemitérios da cidade. As paredes e parte das abóbadas da capela estão revestidas de milhares de ossos humanos cuidadosamente dispostos, que ilustram a ideia dos monges fundadores, expressa na frase que encima o pórtico da capela: “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”. A igreja é ainda rica em estatuária religiosa e pintura renascentista e barroca, patente nas capelas e demais dependências que chegaram aos nossos dias. Esta intrigante capela faz parte da Igreja Real de São Francisco. É melhor pensar duas vezes antes de passar a arcada.
Localização: Igreja Real de São Francisco   
Horario:  Diariamente - 09:00 – 12:45 e 14:30 – 17:30 
               Domingo abre às 10:00 
Preço:   2,00€ + 1,00€ se quiser fotografar
Capela dos Ossos
Capela dos Ossos
Capela dos Ossos
Capela dos Ossos


Igreja e Convento da Graça
A Igreja da Graça ou Convento de Nossa Senhora da Graça, é um importante monumento religioso renascentista da cidade. Este mosteiro, dos Frades Eremitas Descalços de Santo Agostinho, foi fundado em 1511. O edifício é um belo exemplar do mais puro estilo renascentista, tendo no frontão da fachada as famosas figuras atlantes a quem o povo de Évora chama desde há séculos, os "Meninos da Graça". Sofrendo o golpe da extinção das ordens religiosas, no ano de 1834, o Convento da Graça foi nacionalizado e transformado em Quartel. Entrou então em grande ruína, perdendo-se grande parte dos seus valores santuários, o que constituiu uma enorme perda para o acervo artístico de Évora. Muitos dos altares, imagens e sinos da igreja foram transferidos para a Igreja do Convento de São Francisco. Está classificado como Monumento Nacional desde 1910 e Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2001. A bela capela da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos, em mármores coloridos e embutidos, que situava no claustro, foi transferida para a Igreja do Espírito Santo. O estado calamitoso de ruína atingiu o ponto máximo em 1884, com o desabamento da abóbada da igreja, perdendo-se os seus magníficos painés de azulejo (que representavam cenas da vida de Santo Agostinho). O edifício veio a ser restaurado só na segunda metade do sec. XX, conservando (o exterior e algumas dependências conventuais, como o claustro e o refeitório) as linhas da arte renascentista que o tornam num dos mais belos monumentos de Évora. Presentemente serve de Messe de Oficiais da guarnição de Évora, sendo a Igreja a Capelania da Região Militar Sul.
Localização: Largo da Graça
Igreja e Convento da Graça
Igreja e Convento da Graça


Universidade de Évora
Fundada em 1 de Novembro de 1559 pelo Cardeal D. Henrique, Arcebispo de Évora, mais tarde Rei de Portugal, a partir do Colégio do Espírito Santo. Foi instituída por bula do Papa Paulo IV, como Universidade do Espírito Santo e entregue à Companhia de Jesus, que a dirigiu durante 2 séculos. Em 1759 foi encerrada por ordem do Marques de Pombal, aquando da expulsão dos Jesuítas. Voltou a ser reaberta em 1973, por decreto do então ministro da Educação, José Veiga Simão. No mesmo local onde a antiga Universidade fora fechada, foi criado o Instituto Universitário de Évora. Em 1975 foi criada a Escola Superior de Estudos Sociais e Económicos Bento de Jesus Caraça, procurando substituir o Instituto Superior Económico e Social de Évora, fundado em 1964 - por iniciativa da Companhia de Jesus e da Fundação Eugénio de Almeida - que suspendeu as atividades letivas na sequência do 25 de Abril de 1974. Em 1976, a Escola Superior de Estudos Sociais e Económicos Bento de Jesus Caraça é extinta e os seus alunos são integrados no recém-criado Departamento de Economia do Instituto Universitário de Évora. Em 1979, o Instituto Universitário de Évora dá lugar à nova Universidade de Évora.

Universidade de Évora
Universidade de Évora
Universidade de Évora (azulejos)
Universidade de Évora (azulejos - Fogo)
Universidade de Évora (azulejos - Terra)
Universidade de Évora (azulejos - Água)

Universidade de Évora (azulejos - Ar)


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