quarta-feira, 6 de maio de 2015

PORTUGAL - ALCOBAÇA e BATALHA


ALCOBAÇA


Alcobaça fica situada na confluência dos rios Alcoa e Baça, na zona litoral centro de Portugal, a 100 km de LisboaA origem de Alcobaça remonta à época dos celtiberos, passando pelos romanos, que a fundaram com o nome de "Helcobatiae". É, contudo, no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça fundado que Alcobaça encontra as suas raízes mais profundas.





Mosteiro de Alcobaça
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça ou mais simplesmente como Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pela Ordem de Cister para cumprir o voto feito pelo 1º rei do país, Dom Afonso Henriques que, dentro do objetivo de consolidação do território a norte do Tejo, doa o couto de Alcobaça aos Monges de Cister, que tem a fama de serem empreendedores e auto-suficientes. Foi terminado em 1223 mas, posteriormente, outros monarcas continuaram a embelezá-lo, como o Rei Dom Dinis, que mandou construir o claustro principal, de linhas requintadas mas mantendo a sobriedade exigida pelos cistercienses. Em 1834 os monges foram obrigados a abandonar o mosteiro, na sequência da expulsão de todas as ordens religiosas de Portugal durante a administração de Joaquim Antonio de Aguiar, um primeiro-ministro notório pela sua política anti eclesiástica. Podemos encontrar o célebre Mosteiro cisterciense de Santa Maria, nele encontram-se os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro. Reconstruído diversas vezes em vários estilos, desde o gótico ao manuelino. Está classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional desde 1910 e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das 7 Maravilhas de Portugal. É um dos mais belos monumentos do mundo
Horário: Outubro a Março: 9:00 - 17:00 (última entrada 16:30)
              Abril a Setembro: 9:00 - 19:00 (última entrada 18:30)
              Encerra: 01/01, Páscoa, 01/05 e 25/12
Preço: 6,00€ - + 2,00€ Sacristia
           Grátis: 1º domingo do mes


Do conjunto monástico, fazem parte a Igreja com planta em cruz latina, e 3 claustros seguidos de 2 andares. Recentemente foi descoberta a existência de um 4º claustro que terá sido destruído no grande terramoto de 1755. De grande destaque é o Deambulatório, a Sala do Capítulo, a Sacristia, a Capela das Relíquias, o Parlatório, o Dormitório, a Sala dos Monges, a Sala dos Reis, o Refeitório, a Cozinha, os túmulos de D. Afonso II (1185-1123) e D. Afonso III (1210-1279) e os muito famosos túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro, naquela que é considerada uma das mais trágicas histórias de amor de Portugal.

Igreja 
Igreja 
Igreja (altar-mor)

Deambulatório


Sala do Capítulo


Sacristia
Capela das Relíquias



Dormitório


Sala dos Monges


Sala dos Reis

Refeitório


Cozinha (mesa de apoio e fogão c/chaminé)

Cozinha (fogão)
Cozinha (pia)


Lavabo

Claustro



O amor de Pedro e Inês
Pedro I de Portugal, herdeiro do trono portugues, casa-se com D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela. Todavia D. Inês de Castro seria uma das aias de D. Constança, que D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance notório começou a ser  comentado e mal aceito, tanto pela corte como pelo povo. Sob o pretexto da moralidade, D. Afonso IV não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia, mas também devido à amizade estreita de D. Pedro com os irmãos de D. Inês. Assim, em 1344, o rei mandou exilar D. Inês no o Castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana, onde tinha sido criada por sua tia. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês, que  correspondiam-se com frequência. Em outubro do ano seguinte D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei, D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro contra a vontade do pai, mandou D. Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de seu pai. Começou então uma desavença entre o Rei e o Infante. D. Afonso IV para remediar a situação tentou casar o seu filho com uma dama de sangue real, mas D. Pedro rejeitou este projeto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher, D. Constança e que não conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer),  João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento destes veio piorar a situação porque, circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, legítimo herdeiro de D. Pedro para o trono português e passar para o filho mais velho de D. Inês de Castro. Havia boatos de que o Príncipe tinha-se casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro.  A 7 de janeiro de 1355, o Rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro, mandou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco, executar Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. D. Pedro tornou-se no 8º Rei de Portugal como D. Pedro I em 1357. Em junho de 1360 fez a Declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, em Bragança «em dia que não se lembrava». A palavra do rei, do seu Capelão e de um seu criado foram as provas necessárias para legalizar esse casamento. De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém (o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas), assistindo à execução enquanto se banqueteava. Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e, posteriormente, seria perdoado pelo Rei no seu leito de morte. D. Pedro mandou construir os 2 esplêndidos túmulos no Mosteiro de Alcobaça, para onde trasladou o corpo da sua amada Inês, em 1362  e iria juntar-se a ela em 1367. A posição dos túmulos ficou com D. Pedro no transepto sul e D. Inês no transepto norte, frente a frente. Os túmulos assim ficaram para que D. Pedro e D. Inês «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final». A tétrica cerimónia da coroação e do beija-mão à Rainha D. Inês, já morta, que D. Pedro pretensamente teria imposto à sua corte e que tornou-se numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá sido inserida pela primeira vez nas narrativas espanholas do final do século XVI.
Túmulo de Inês de Castro
Túmulo de D. Pedro I (de Portugal)




Um pouco de gastronomia de Alcobaça
"Frango na púcara é um prato típico da culinária de Portugal. Mais concretamente, faz parte da gastronomia da cidade de Alcobaça, onde foi criado na década de 1960, possivelmente inspirado na cozinha ancestral da região. Tal como o nome sugere, é preparado numa panela de barro denominada púcara. Em Alcobaça, é possível adquirir essas panelas, específicas para este prato. Para além do frango, o prato é preparado com presunto, chouriço, tomate, cebola, cenoura, manteiga, vinho do Porto, aguardente velha, mostarda, alho, louro, sal e pimenta, entre outros ingredientes possíveis”.



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BATALHA

A povoação foi fundada pelo Rei D. João I, juntamente com o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, para agradecer o suposto auxílio divino concedido na vitória da Batalha de Aljubarrota em 14 de agosto de 1385. No dia 18 de março de 1500 através do documento Carta da Vila do Rei D. Manoel foi criada a Vila da Batalha, com jurisdição própria, como sede do Concelho.




Mosteiro da Batalha
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da Batalha é, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia. Este excecional conjunto arquitetónico resultou do cumprimento de uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota, batalha travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono e garantiu a independência de Portugal. As obras prolongaram-se por mais de 150 anos, através de várias fases de construção. Esta duração justifica a existência, nas suas propostas artísticas, de soluções góticas (predominantes) manuelinas e um breve apontamento renascentista. Vários acrescentos foram introduzidos no projeto inicial, resultando um vasto conjunto monástico que atualmente apresenta uma igreja, 2 claustros com dependências anexas e 2 panteões reais, a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas. D. João I doou-o à ordem de S. Domingos, doação a que não foram alheios os bons ofícios do Doutor João das Regras, chanceler do reino, e de Frei Lourenço Lampreia, confessor do monarca. Na posse dos dominicanos até à extinção das ordens religiosas em 1834, o monumento foi depois incorporado na Fazenda Pública, assumindo-se como um espaço cultural, turístico e devocional. Monumento nacional, integra a Lista do Património da Humanidade definida pela UNESCO, desde 1983.
Horários: Outubro a Março: 9:00 – 17:30
                 Abril a Setembro: 9:00 – 18:30  
                 Encerrado: 1/01, Páscoa, 1/05 e 25/12
Preço: Bilhete Individual: 6,00 €
           Bilhete combinado Rota do Património: 15,00 €
                    (Alcobaça, Batalha, Convento de Cristo) 
 
Mosteiro da Batalha

Mosteiro da Batalha

Mosteiro da Batalha (arcos do claustro)

Mosteiro da Batalha (túmulo do soldado desconhecido)


Mosteiro da Batalha (interior da igreja)


Mosteiro da Batalha (porta da igreja)

Mosteiro da Batalha (detalhes da porta da igreja)

Mosteiro da Batalha (detalhes da porta da igreja)

Mosteiro da Batalha (vitrais)
Mosteiro da Batalha (vitrais)

Mosteiro da Batalha (vitrais)

Mosteiro da Batalha (túmulo de D. Duarte e D. Leonor de Aragão)

Mosteiro da Batalha (Capelas Imperfeitas)

Mosteiro da Batalha (claustro)
Mosteiro da Batalha (claustro)
Mosteiro da Batalha (claustro)
Mosteiro da Batalha (detalhes)
Mosteiro da Batalha (detalhes)
Mosteiro da Batalha (lavabo)


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