ALCOBAÇA
Alcobaça fica situada na confluência dos rios Alcoa e Baça, na zona litoral centro de Portugal, a 100 km de Lisboa. A origem de Alcobaça remonta à época dos celtiberos, passando pelos romanos, que a fundaram com o nome de "Helcobatiae". É, contudo, no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça fundado que Alcobaça encontra as suas raízes mais profundas.
Mosteiro de Alcobaça
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça
ou mais simplesmente como Mosteiro de
Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português.
Foi começado em 1178 pela
Ordem de Cister para cumprir o voto feito pelo 1º rei do país, Dom Afonso
Henriques que, dentro do objetivo de consolidação do território a norte do Tejo, doa o couto de Alcobaça aos Monges de Cister, que tem a fama de serem empreendedores e auto-suficientes. Foi
terminado em 1223 mas, posteriormente, outros monarcas continuaram a
embelezá-lo, como o Rei Dom Dinis, que mandou construir o claustro principal,
de linhas requintadas mas mantendo a sobriedade exigida pelos cistercienses. Em 1834 os monges
foram obrigados a abandonar o mosteiro, na sequência da expulsão de todas as
ordens religiosas de Portugal durante a administração de Joaquim Antonio de
Aguiar, um primeiro-ministro notório pela sua política anti eclesiástica. Podemos encontrar o célebre Mosteiro cisterciense de Santa Maria, nele encontram-se os túmulos de D. Pedro e D. Inês de Castro. Reconstruído diversas vezes em vários estilos, desde o gótico ao manuelino. Está classificado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional desde 1910 e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das 7 Maravilhas de Portugal. É um dos mais belos monumentos do mundo.
Horário: Outubro a Março: 9:00 - 17:00 (última entrada 16:30)
Abril a Setembro: 9:00 - 19:00 (última entrada 18:30)
Encerra: 01/01, Páscoa, 01/05 e 25/12
Preço: 6,00€ - + 2,00€ Sacristia
Grátis: 1º domingo do mes
Horário: Outubro a Março: 9:00 - 17:00 (última entrada 16:30)
Abril a Setembro: 9:00 - 19:00 (última entrada 18:30)
Encerra: 01/01, Páscoa, 01/05 e 25/12
Preço: 6,00€ - + 2,00€ Sacristia
Grátis: 1º domingo do mes
Do conjunto monástico, fazem parte a Igreja com planta em cruz latina, e 3 claustros seguidos de 2 andares. Recentemente foi descoberta a existência
de um 4º claustro que terá sido destruído no grande terramoto de
1755. De grande destaque é o Deambulatório, a Sala do Capítulo, a Sacristia, a
Capela das Relíquias, o Parlatório, o Dormitório, a Sala dos Monges, a Sala dos Reis, o
Refeitório, a Cozinha, os túmulos de D. Afonso II (1185-1123) e D.
Afonso III (1210-1279) e os muito famosos túmulos de D. Pedro e D. Inês de
Castro, naquela que é considerada uma das mais trágicas histórias de amor de
Portugal.
Igreja (altar-mor)
Deambulatório
Sala do Capítulo
Sacristia
Capela das Relíquias
Dormitório
Sala dos Monges
Sala dos Reis
Sala do Capítulo
Sacristia
Capela das Relíquias
Dormitório
Sala dos Monges
Sala dos Reis
Refeitório
Claustro
O amor de Pedro e Inês
Túmulo de D. Pedro I (de Portugal)
Um pouco de gastronomia de Alcobaça
O amor de Pedro e Inês
Pedro I de Portugal, herdeiro do trono portugues, casa-se com
D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela. Todavia D. Inês de Castro seria uma das aias de D. Constança, que D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance notório
começou a ser comentado e mal aceito, tanto pela corte como pelo povo. Sob o pretexto da
moralidade, D. Afonso IV não
aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia, mas também devido à
amizade estreita de D. Pedro com os irmãos de D. Inês. Assim, em 1344, o rei mandou exilar D. Inês no o Castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana, onde
tinha sido criada por sua tia. No entanto, a distância não teria apagado
o amor entre Pedro e Inês, que correspondiam-se com frequência. Em outubro do ano
seguinte D. Constança morreu ao
dar à luz o futuro rei, D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro contra a vontade do pai, mandou D.
Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver
juntos, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de seu
pai. Começou então uma desavença entre o Rei e o Infante. D. Afonso
IV para remediar a situação tentou casar o seu filho
com uma dama de sangue real, mas D. Pedro rejeitou este projeto, alegando que sentia ainda
muito a perda de sua mulher, D. Constança e que não conseguia ainda pensar num
novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro: Afonso em 1346 (que morreu
pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento
destes veio piorar a situação porque, circulavam boatos de
que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, legítimo herdeiro de D.
Pedro para o trono português e passar para o filho mais velho de D. Inês de
Castro. Havia boatos de que o Príncipe
tinha-se casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo
assumia graves implicações políticas. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos
Castro, os fidalgos da corte
portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu
herdeiro.
A 7 de janeiro de 1355, o Rei cedeu às pressões
dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro, mandou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo
Lopes Pacheco, executar Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. A morte de D.
Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. D. Pedro tornou-se no 8º Rei
de Portugal como D. Pedro I em 1357. Em junho de 1360 fez a Declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, em Bragança «em dia que
não se lembrava». A palavra do rei, do seu Capelão e de um seu criado foram as provas
necessárias para legalizar esse casamento. De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram
apanhados e executados em Santarém (o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito
e o do outro pelas costas), assistindo à execução enquanto se banqueteava. Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar
para a França e, posteriormente, seria perdoado pelo Rei no seu leito de
morte. D. Pedro mandou construir os 2
esplêndidos túmulos no Mosteiro de Alcobaça, para onde trasladou o corpo da sua amada Inês, em 1362 e iria juntar-se a ela
em 1367.
A posição dos túmulos ficou com D. Pedro no transepto sul e D. Inês no transepto norte, frente a frente. Os túmulos assim ficaram para que D. Pedro e D. Inês «possam olhar-se nos olhos quando despertarem
no dia do juízo final». A tétrica cerimónia da coroação e do
beija-mão à Rainha D. Inês, já
morta, que D. Pedro pretensamente teria imposto à sua corte e que tornou-se
numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá sido inserida pela
primeira vez nas narrativas espanholas do final do século XVI.
Um pouco de gastronomia de Alcobaça
"Frango na púcara é um prato típico
da culinária de Portugal. Mais concretamente, faz parte da gastronomia da
cidade de Alcobaça, onde foi criado na década de 1960, possivelmente
inspirado na cozinha ancestral da região. Tal como o nome sugere, é preparado
numa panela de barro denominada púcara. Em Alcobaça, é possível
adquirir essas panelas, específicas para este prato. Para além do frango,
o prato é preparado com presunto, chouriço, tomate, cebola, cenoura, manteiga, vinho
do
Porto, aguardente velha, mostarda, alho, louro, sal e pimenta,
entre outros ingredientes possíveis”.
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BATALHA
A
povoação foi fundada pelo Rei D. João I, juntamente com o Mosteiro de Santa
Maria da Vitória, para agradecer o suposto auxílio divino concedido na vitória
da Batalha de Aljubarrota em 14 de agosto de 1385. No dia 18 de março de 1500
através do documento Carta da Vila do Rei D. Manoel foi criada a Vila da
Batalha, com jurisdição própria, como sede do Concelho.
Mosteiro da Batalha
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também designado Mosteiro da
Batalha é, indiscutivelmente, uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa
e europeia. Este excecional conjunto arquitetónico resultou do cumprimento de
uma promessa feita pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em
Aljubarrota, batalha travada em 14 de agosto de 1385, que lhe assegurou o trono
e garantiu a independência de Portugal. As obras prolongaram-se por mais de 150
anos, através de várias fases de construção. Esta duração justifica a
existência, nas suas propostas artísticas, de soluções góticas (predominantes)
manuelinas e um breve apontamento renascentista. Vários acrescentos foram
introduzidos no projeto inicial, resultando um vasto conjunto monástico que
atualmente apresenta uma igreja, 2 claustros com dependências anexas e 2
panteões reais, a Capela do Fundador e as Capelas Imperfeitas. D. João I doou-o
à ordem de S. Domingos, doação a que não foram alheios os bons ofícios do
Doutor João das Regras, chanceler do reino, e de Frei Lourenço Lampreia,
confessor do monarca. Na posse dos dominicanos até à extinção das ordens
religiosas em 1834, o monumento foi depois incorporado na Fazenda Pública, assumindo-se como um espaço cultural,
turístico e devocional. Monumento nacional, integra a Lista do Património da
Humanidade definida pela UNESCO, desde 1983.
Horários: Outubro a Março: 9:00 – 17:30
Horários: Outubro a Março: 9:00 – 17:30
Abril a Setembro: 9:00 – 18:30
Encerrado: 1/01, Páscoa, 1/05 e 25/12
Preço: Bilhete Individual: 6,00 €
Bilhete combinado Rota do Património: 15,00 €
(Alcobaça, Batalha, Convento de Cristo)
Mosteiro da Batalha
Mosteiro da Batalha
Mosteiro da Batalha
Mosteiro da Batalha (arcos do claustro)
Mosteiro da Batalha (túmulo do soldado desconhecido)
Mosteiro da Batalha (interior da igreja)
Mosteiro da Batalha (porta da igreja)
Mosteiro da Batalha (detalhes da porta da igreja)
Mosteiro da Batalha (detalhes da porta da igreja)
Mosteiro da Batalha (interior da igreja)
Mosteiro da Batalha (porta da igreja)
Mosteiro da Batalha (detalhes da porta da igreja)
Mosteiro da Batalha (detalhes da porta da igreja)
Mosteiro da Batalha (vitrais)
Mosteiro da Batalha (vitrais)
Mosteiro da Batalha (vitrais)
Mosteiro da Batalha (túmulo de D. Duarte e D. Leonor de Aragão)
Mosteiro da Batalha (vitrais)
Mosteiro da Batalha (vitrais)
Mosteiro da Batalha (túmulo de D. Duarte e D. Leonor de Aragão)
Mosteiro da Batalha (Capelas Imperfeitas)
Mosteiro da Batalha (claustro)
Mosteiro da Batalha (claustro)
Mosteiro da Batalha (claustro)
Mosteiro da Batalha (detalhes)
Mosteiro da Batalha (detalhes)
Mosteiro da Batalha (lavabo)
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